dom
04
jun
2017

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Desde ontem (3), em Caruaru, município do agreste de Pernambuco, já é comemorado a festa de São João. A cidade deu início ao festejo municipal que é um dos maiores do país. A programação vai até o dia 29 de junho, com atrações em praticamente todos os dias. E, na primeira noite de evento, já foi possível ter uma amostra do melhor da cultura popular do Nordeste, em cores, sabores, ritmo e dança tradicionais.

A área da Estação Ferroviária é a que mais reúne essas expressões culturais construídas pelo povo, em festanças originadas na roça, com a criatividade dos próprios moradores. O local é preservado com arquitetura histórica e cores vibrantes, tudo enfeitado com as clássicas bandeirinhas e balões. Em uma caminhada pelo local foi possível ver uma quadrilha de pernas de pau; forrozeiros com zambumbas e sanfonas; repentistas arrancando aplausos com seus versos improvisados; bonecos de mamulengo encantando crianças; bacamarteiros dançando forró em meio à multidão com suas armas antigas que só disparam tiros de mentira.

O São João de Caruaru divide o título de maior São João do país com Campina Grande, na Paraíba. O lema utilizado pela cidade é “O maior e melhor São João do mundo”. Na cidade pernambucana são esperadas 2,5 milhões de pessoas até o dia 29 de junho, quando a festa será encerrada. E para animar tanta gente a programação conta com 400 atrações divididas em 17 polos espalhados pela cidade. Em quase todos os dias há alguma atividade programada. Cerca de 75% dos artistas são de Caruaru.

O presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, Lúcio Omena, afirma que em anos anteriores o polo principal, onde artistas nacionais, muitos deles de apelo mais comercial, estava ganhando muita importância. Por isso, a intenção foi multiplicar os pontos da festa na cidade. “É a volta do São João para as suas origens, que é a rua, a roça. A ideia é salvaguardar nossas origens”.

E é esse caráter de festa de rua que faz o arquiterto Swani Lima, de 36 anos, frequentar todos os anos o São João da cidade onde cresceu. Ele foi com seus pais, que moram perto do principal polo, e levou as filhas Sofia e Sabrina, de 4 e 3 anos, respectivamente. “O São João é marcante nas memórias da infância principalmente porque a gente brincava na rua, no espaço público. E isso é uma coisa rara hoje em dia. E eu acho que o São João resgata um pouco isso, além daquela tradição de brincar com fogos, econtrar outras famílias, e também a culinária típica, à base de milho”.

A outra tradição que a família mantém viva é a roupa de matuto. As duas meninas estavam à caráter, e o pai contou que elas fizeram questão de ir com os vestidos de babado. Sofia elegeu suas atividades preferidas de São João: “Eu gosto de dançar e pintar o rosto”, disse a menina.

Agência Brasil


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