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08
ago
2017

Gilmar traça estratégia de Temer contra Janot

A estratégia de combate de Michel Temer contra a próxima denúncia de Rodrigo Janot está sendo traçada pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes, que ontem já classificou Janot como o PGR "mais desqualificado da história"; os detalhes do plano para salvar Temer foram discutidos no domingo, durante mais um encontro secreto da dupla na calada da noite no Palácio do Jaburu; o tema oficial do encontro era a reforma política, mas a atuação do chefe do Ministério Público Federal foi debatida; a intenção do peemedebista e de Gilmar é desqualificar a atitude de Janot, acusando-o de "perseguição política", segundo pessoas próximas, e evitar que seu nome seja incluído no inquérito do chamado "quadrilhão", que investiga integrantes do PMDB.

Michel Temer começou a definir estratégia para tentar enfraquecer a denúncia que deve ser apresentada contra ele pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, por obstrução de Justiça. A articulação ficou por conta de Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), em jantar no domingo (6) não registrado na agenda oficial de Michel Temer.

O tema oficial do encontro era a reforma política, mas a atuação do chefe do Ministério Público Federal foi debatida. A intenção do peemedebista é desqualificar a atitude de Janot, acusando-o de "perseguição política", segundo pessoas próximas, e evitar que seu nome seja incluído no inquérito do chamado "quadrilhão", que investiga integrantes do PMDB.

A Câmara barrou na semana passada a denúncia de PGR por corrupção passiva contra Temer.

Janot pediu então ao ministro Edson Fachin, do STF, que transfira a apuração de organização criminosa contra Temer do inquérito da JBS, sobre obstrução da Justiça, para o que envolve demais políticos do PMDB.

A presença de Temer neste segundo inquérito é fundamental para que Janot configure a obstrução, apontada pela PGR no áudio em que ele, na interpretação dos investigadores, dá aval para Joesley Batista comprar o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso no Paraná.

Em outra frente, a defesa de Temer deve pedir a suspeição do procurador-geral para que ele não possa mais atuar em iniciativas contra o peemedebista, sob a alegação de que falta isenção a Janot.

A expectativa é de que a nova denúncia seja entregue até o começo de setembro, o que coincide com o cronograma de votação do primeiro turno da reforma previdenciária. Janot ficará no cargo até o dia 17 do mês que vem.

Com a sua saída, Temer cogita ainda processá-lo. Ele citou essa intenção na conversa com Mendes, de acordo com relato feito à Folha.

As informações são de reportagem de Gustavo Uribe e Bruno Boghossian na Folha de S.Paulo.

Brasil 247


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