“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

sáb
25
out
2014

Instituto ouviu 812 eleitores entre os dias 22 e 24 de outubro.
Margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (25) aponta os seguintes percentuais de intenção de votos válidos na corrida para o governo da Paraíba:

Ricardo Coutinho (PSB) – 53%
Cássio Cunha Lima (PSDB) – 47%
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.
A pesquisa foi encomendada pelas TVs Cabo Branco e Paraíba.

Esse é o segundo levantamento divulgado pelo instituto no segundo turno da eleição para governador da Paraíba. No levantamento anterior, divulgado no dia 17, Ricardo também aparecia com 53% e Cássio Cunha Lima, com 47%.

Votos totais
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:

Ricardo Coutinho (PSB) – 49%
Cássio Cunha Lima (PSDB) – 44%
Branco/nulo – 5%
Não sabe/ não respondeu – 2%

O Ibope fez a pesquisa entre os dias 22 e 24 de outubro. O instituto ouviu 812 eleitores. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número PB-00052/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-01197/2014.

1º turno

No primeiro turno, Cássio teve 47,44% dos votos válidos e Ricardo, 46,05% (veja os números completos da apuração).

G1 PB


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sáb
25
out
2014

DSC00690

No último dia de campanha, aliados do governador  Ricardo Coutinho (PSB) em Princesa Isabel realizam carreata neste sábado (25).

Segundo o coordenador regional da coligação ‘A Força do Trabalho’, Ricardo Pereira (PC do B), a atividade tem concentração nas proximidades do Acqua Club, às 19h.

Em seguida, a carreata percorrerá as avenidas centrais da cidade, com passagens por ruas dos bairros Maia e Matadouro.


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sáb
25
out
2014

Arquivo
Candidatos participam de diversas atividades de campanha ao longo do dia

A um dia do segundo turno das eleições, os candidatos ao governo da Paraíba não descansam e participam de carreatas e passeatas para conquistar os votos dos eleitores indecisos. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB), da coligação “A Vontade do Povo”, concentra as atividades em Campina Grande e na região de Catolé do Rocha, no Sertão, enquanto Ricardo Coutinho (PSB), da coligação “A Força do Trabalho”, realiza eventos em Cabedelo, Bayeux e Santa Rita, no Litoral, e em Patos, no Sertão.

Cássio pela manhã participa de passeata, em Campina. A concentração vai ser às 10h, na rua Benjamin Constant, no Largo da Estação Velha. A caminhada seguirá pelas ruas 24 de Maio, Pedro Leal, João Quirino e Elpídio de Almeida, encerrando na rua Francisco Camilo, no bairro do Catolé, na zona leste. Depois, o tucano viaja para o Sertão e participa de carreata que percorrerá cinco municípios. A partir das 16h30, Cássio percorre as cidades de Brejo dos Santos, Catolé do Rocha, Brejo do Cruz São Bento e Paulista.

Ontem, durante o dia, Cássio lidera a carreata, passando pelas cidades de Rio Tinto, Mamanguape, Itapororoca, Araçagi, Guarabira, Cuitegi, Alagoinha, Mulungu e Gurinhém. No período da noite, o tucano fez carreata em Patos.

GIRASSOL
Por sua vez, Ricardo Coutinho visita a feira de Cabedelo, às 9h30, e depois participa de carreata na cidade.

À tarde, por volta das 15h, o socialista faz carreata em Bayeux. À noite, às 19h, ele lidera passeata em Santa Rita. A concentração será na Praça do Atleta, no Centro. Em seguida, viaja para o município de Patos, no Sertão, onde faz caminhada.

Ontem, pela manhã Ricardo fez passeata em Campina Grande, no bairro das Malvinas. À tarde, participou de carreata em João Pessoa, percorrendo os bairros Funcionários I, Jardim Planalto, Novais e Cruz das Armas. À noite, fez carreata em Jaguaribe, Rangel e Cristo, também na capital.

JP


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sáb
25
out
2014

O prefeito de Marizópolis, José Vieira da Silva (PTB), aderiu na tarde desta sexta-feira (24) ao projeto de reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB). Depois de reunir-se com o coordenador da campanha socialista na região de Cajazeiras, Carlos Antônio (DEM), o petebista assegurou que estará até domingo (26) nas ruas de sua cidade para reverter o resultado do primeiro turno.

O prefeito, que estava afastado do cargo desde setembro, foi reempossado nesta sexta-feira. “Percebi que, para Cássio Cunha Lima, o meu voto não tem valor, o apoio do meu grupo político não vale nada. Sempre votei com ele, até no primeiro turno, mas Cássio não soube valorizar o apoio que recebeu em Marizópolis”, criticou.

Além do desprestígio por parte do tucano, José Vieira disse que conversou com amigos, aliados políticos e militantes, e que ouviu que deveria apoiar a reeleição de Ricardo. “Estava esperando voltar ao cargo para anunciar o apoio, e por isso a adesão veio no apagar das luzes, mas agora vamos empunhar a bandeira de Ricardo, o governador que tanto tem feito pelo nosso Estado”, finalizou o prefeito.

Paraíba Já


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sáb
25
out
2014

O amigo liga em pânico: “A imprensa vai acabar com a democracia no Brasil”. Respondo: “É a democracia que vai acabar com a imprensa e implantar o jornalismo”.

A aventura irresponsável de Veja – recorrendo a uma matéria provavelmente falsa para pedir o impeachment de um presidente da República – não se deve a receios de bolivarianos armados invadindo a Esplanada. Ela está sendo derrotada pelo mercado, pelo fato de que, pela primeira vez na história, a Internet trouxe o mercado para o setor fechado, derrubando as barreiras de entrada que permitiram a sobrevida de um jornalismo anacrônico, subdesenvolvido, a parte do país que mais se assemelha a uma republiqueta latino-americana.

É um caso único, de uma publicação que se aliou a uma organização criminosa – de Carlinhos Cachoeira – e continuou impune, fora do alcance do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

A capa de Veja não surpreende. Há muito a revista abandonou qualquer veleidade de jornalismo.

Acusa a presidente da República Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula de conhecerem os esquemas Petrobras com base no seguinte trecho, de uma suposta confissão do doleiro Alberto Yousseff:

– O Planalto sabia de tudo – disse Youssef.

– Mas quem no Planalto? – perguntou o delegado.

– Lula e Dilma – respondeu o doleiro.

Era blefe.

Na sequência, a reportagem diz:

“O doleiro não apresentou – e nem lhe foram pedidas – provas do que disse. Por enquanto, nesta fase do processo, o que mais interessa aos delegados é ter certeza de que o depoente atuou diretamente ou pelo menos presenciou ilegalidades”.

Na primeira fase da delação premiada tem-se o criminoso falando o que quer. Enquanto não apresentar provas, a declaração não terá o menor valor. E Veja tem a fama de colocar o que quer nas declarações de fontes.

Ligado ao PSDB do Paraná, o advogado de Yousseff desmentiu as informações. Mas não se sabe ainda qual é o seu jogo.

As apostas erradas da Abril

Golbery do Couto e Silva dizia que a mentira tem mais valor que a verdade. A verdade é monótona, tem uma só leitura. Já a mentira traz um enorme conjunto de informações a serem pesquisadas, as intenções do mentiroso, a maneira como a mentira foi montada.

Daí a importância da capa de Veja: permitir desvendar o que está por trás da mentira.

A primeira peça do jogo é entender a posição atual do Grupo Abril.

Apostas de altíssimo risco só são bancadas em momentos de altíssimo desespero. A tacada da Veja torna quase irresistível a proposta de regulação da mídia e de repor as defesas do cidadão que foram suprimidas pelo ex-Ministrio Ayres Britto, ao revogar a Lei de Imprensa.

Qual a razão de tanto desespero nessa aposta furada?

A explicação começa alguns anos atrás.

No mercado de mídia, o futuro acenava para o advento da Internet e da TV a cabo e para o fim das revistas e do papel. As apostas da Abril foram sempre na direção errada.

Ela montou um dos primeiros portais brasileiros, o BOL, que posteriormente fundiu-se com a UOL. Graças à sua influência política, conseguiu frequências de UHF e canais de TV a cabo.

A editora endividou-se e, para tapar buracos, Civita foi se desfazendo de todas as joias da coroa. Passou os 50% que detinha na UOL para a Folha – por um valor insignificante; vendeu a TV A para a Telefonica.  Associou-se ao grupo sul-africano Naspers, em uma operação confusa, visando burlar o limite de 30% para capital estrangeiro em grupos de mídia, previstos na lei.

Não parou por aí.

Adquiriu duas editoras – a Atica e a Scipionne –, que dependem fundamentalmente de compras públicas, confiando no poder de persuasão dos seus vendedores junto à rede escolar. A decisão do MEC (Ministério da Educação) de colocar todos os livros em uma publicação única, para escolha dos professores, eliminou sua vantagem comparativa.

Aí decidiu investir em cursos apostilados para prefeituras, um território pantanoso. Finalmente, “descobriu” o caminho das pedras, passando a direcionar todas suas energias para a área de educação.

Para tanto, criou uma nova empresa, a Abril Educação, colocou debaixo dela as editoras e os cursos e contratou um executivo ambicioso, Manoel Amorim,  que aumentou exponencialmente o endividamento do grupo, para adquirir cursos e escolas. Foi uma sucessão de compras extremamente onerosas, que deixaram o grupo em má situação financeira. A solução foi vender parte do capital para um grupo estrangeiro. Nem isso resolveu sua situação.

No ano passado, em conversa com especialistas do setor de mídia, Gianca Civita, o primogênito, já antecipava que a editora iria ser reduzida a meia dúzia de revistas e à Veja. Colocara à venda suas concessões de UHF e esperava que algum pastor eletrônico se habilitasse.

O cartel da jabuticaba

A editora viu-se depauperada em duas frentes. Uma, a própria decadência do mercado de revistas; outra, a descapitalização ainda maior para financiar a aventura educacional da Abril.

Além disso, foi vítima do maior tiro no pé da história da mídia brasileira: o “cartel da jabuticaba”.

Um cartel tradicional consiste em um pacto comercial entre competidores visando aumentar os preços e os ganhos de todos. O “cartel da jabuticaba” brasileiro foi uma peça genial (da Globo) em que todos se uniram contra a distribuição de parte ínfima da publicidade pública para a imprensa regional e para a Internet.

Alcançaram seu intento, mas não levaram o butim. A Internet não cresceu mas o resultado foi uma enorme concentração de verbas na TV aberta — e, dentro dela, na TV Globo.

Poucos meses atrás, o próprio João Roberto Marinho – um dos herdeiros da Globo – manifestava a interlocutores sua preocupação com a concentração da mídia. A Globo jogou em seu favor, óbvio; mas não contava com o despreparo das demais empresas sequer para entender onde estavam seus interesses.

Quando o faturamento do papel minguou, todos pularam para a Internet. Mas a piscina estava vazia graças às pressões que eles próprios fizeram sobre a Secom e as agências.

Hoje em dia, o mercado de TV a cabo passou a disputar acirradamente as verbas publicitárias. Se indagar de um executivo do setor se a disputa é com as revistas e jornais, ele dará de ombros: a imprensa escrita não tem mais a menor relevância; a disputa é com a TV aberta.

A bala de prata de Fábio Barbosa

É esse quadro de crise nas duas frentes que explica a bala de prata de Fábio Barbosa.

Nos últimos meses, Fábio Barbosa contratou o INDG, de Vicente Falconi, para um trabalho de redução de custos da Abril, paralelamente à própria redução da Abril..

Falconi constatou o que o Blog já levantara alguns anos atrás: a estrutura de Veja era superdimensionada para o conteúdo semanal.

Na época, montei um quadro com todas as reportagens de uma edição, estimei o tempo-hora de cada repórter e editor e, no final, mostrava que seria possível entregar o mesmo conteúdo com um terço da redação.

Com metodologia muito mais gerencial, Falconi chegou às mesmas conclusões, resultando daí a demissão de várias pessoas em cargos-chave – inclusive Otávio Cabral, repórter das missões sensíveis da revista, que acabou indo trabalhar na campanha de Aécio.

Apenas amenizou um pouco a queda. Com as duas frentes comprometidas, a Abril entrou em uma sinuca de bico.

Com a morte de Roberto Civita, começou a enfrentar dificuldades crescentes para renovar os financiamentos. Desde o início do ano, os herdeiros de Roberto Civita estão buscando compradores para a outra metade da Abril Educação.

Antes disso, desde o ano passado, decidiram sair definitivamente da área editorial. Mas a legislação não permite à Naspers ampliar sua participação na editora. E, se não teve nenhum corte de verba oficial para suas publicações, por outro lado a Abril jamais encontrou espaço no governo Dilma para acertos e grandes negócios, como uma mudança na legislação sobre capital estrangeiro na mídia..

É nesse quadro dramático, que o presidente do grupo, Fábio Barbosa, tenta a última tacada, apostando todas as fichas em Aécio.

A última chance

A carreira anterior de Barbosa foi no mercado bancário. Foi sucessivamente presidente do ABN Amro, depois do ABN-Real, quando o banco holandês adquiriu o Real; depois do Santander, quando o banco espanhol adquiriu os dois.

No ABN e no Santander foi responsável por uma das maiores operações imobiliárias do mercado. No ABN participou do empréstimo de R$ 380 milhões para a WTorres adquirir o esqueleto da Eletropaulo, na marginal Pinheiros. Seis meses depois, a companhia não tinha mais recursos para quitar o financiamento. Entregou parte do capital aos credores.

Em 2008, ainda na condição de presidente indicado para o Santander, Fábio anunciou a aquisição da torre pelo banco por R$ 1 bilhão. “A aquisição desse imóvel é um marco e demonstra a determinação do Santander em investir para que tenhamos um Banco cada vez mais forte e competitivo”, afirma ele. (http://migre.me/ms7aW).

Atuou no início e no final da operação, assessorado por seu homem de confiança, José Berenguer Neto.

Em pouco tempo começaram a pipocar os problemas da WTorre. Atrasou a entrega da sede do Santander, que ingressou em juízo com pedido de indenização de R$ 135 milhões. A dívida fez com que a WTorre desistisse de lançar ações na Bolsa de São Paulo.

Em outubro de 2010 a obra continuava causando transtorno, sem ser entregue (http://migre.me/ms7Pc)

Em agosto de 2011, Fabio saiu do Santander. O clima azedou quando a direção se deu conta dos problemas criados. O presidente mundial Emilio Botin colocou um homem de confiança como espécie de interventor, levando Fabio a se demitir. Junto com ele saiu José Berenguer Neto, que assumiu um cargo na Gávea Investimentos, para atuar na área imobiliária.

Na época, executivos do banco ouvidos pela imprensa disseram que no ABN Fabio tinha plena liberdade; no Santander, não mais. Fabio deixou o banco sendo elogiado pelo sucessor.

O episódio não causou tanto estardalhaço quanto a tentativa de Barbosa, no comando da Veja, de tentar um golpe de Estado armado com um 3 de paus.

Luis Nassif Online


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sáb
25
out
2014

O presidente do PMDB de Mamanguape, João Laércio Fernandes, e o presidente do PSDB de Baia da Traição, Lenildo Magno, anunciaram apoio à candidatura à reeleição do governador Ricardo Coutinho. Eles, que votaram em Vital do Rêgo (PMDB) e Cássio Cunha Lima (PSDB), respectivamente, no primeiro turno, disseram que não poderiam deixar de apoiar Ricardo pelo desenvolvimento levado para a região.

“Sou peemedebista ortodoxo, e sigo integralmente a decisão do PMDB, que está com Ricardo. Em nossa cidade, já tivemos uma aliança entre os partidos em 2012, e agora voltamos a nos encontrar, com Ricardo realizando uma evolução administrativa muito grande, principalmente em nossa região”, disse João Laércio, lembrando da construção de 600 casas populares e do Hospital Regional de Mamanguape.

Já Lenildo, que diz não saber por quanto tempo permanecerá como presidente do PSDB na cidade após a decisão de apoiar Ricardo, disse que além de estar decidido sobre apoio, ainda teve a solicitação de amigos e correligionários. “É uma opção dos amigos, da família, que assim como eu escolheram seguir com o processo de transformação da Paraíba”, ressaltou o presidente do PSDB em Baia da Traição.

A vereadora Kaká (PT), de Mamanguape, que já estava com Ricardo Coutinho no primeiro turno, também reafirmou seu compromisso de aumentar a votação do socialista na cidade, onde ele obteve uma das maiores diferenças proporcionais no primeiro pleito deste ano.

“Mesmo com o prefeito apoiando outro candidato, o povo de Mamanguape não aceita o candidato do PSDB, e por isso estamos tendo a resposta que esperávamos, com cada vez mais adesões no Vale do Mamanguape, o que certamente aumentará ainda mais a diferença em favor de Ricardo”, finalizou.

Assessoria


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sáb
25
out
2014

“Os guerrilheiros assaltavam os bancos particulares – nunca um banco público foi assaltado – para financiar a guerrilha, pois não se podia votar”

Sitônio PintoOtávio Sitônio

Pela primeira vez em meio século fui pesquisado. Estou me referindo às pesquisas de intenção de voto. Eu não acreditava nas tais pesquisas, simplesmente porque ninguém me perguntou em quem eu ia votar. Desse meio século como eleitor, a metade foi debaixo de uma ditadura militar – de 1964 a 1988. A ditadura terminou em 1988 porque foi o ano em que a atual Constituição foi promulgada.

Falam em fazer uma nova Constituição. Você já contou quantas constituições o Brasil teve? Vamos contar? Constituição Luso-Brasileira (1822), a Constituição da Independência (1834), a da República (1891), a do Golpe de 30 (1937), a do Golpe de 37 (1937), a da Primeira Redemocratização (1946), a do Golpe de 1964 (1967), a do Golpe de 1968 (1969), a da Segunda Redemocratização (1988). Nove constituições. Enquanto isso, os Estados Unidos – primeiro país a ter uma constituição – ainda está na da Independência.

Voltando às pesquisas eleitorais: nunca nenhum instituto havia me consultado em quem eu ia votar. Nos 25 anos de ditadura essa seria uma pergunta cretina, pois ninguém de bom senso iria revelar numa pesquisa sua intenção de voto. Até porque o voto não existia. Não se votava para presidente, nem para governador, nem para prefeitos das grandes cidades, nem para um terço do Senado. Esses cargos tinham seus ocupantes nomeados. Eram os biônicos.

Só se votava para deputado e vereador. As eleições eram indiretas. E só havia dois partidos, o do governo e outro – que não se dizia de oposição. Esta estava na clandestinidade, nos aparelhos revolucionários. Os guerrilheiros assaltavam os bancos particulares – nunca um banco público foi assaltado – para financiar a guerrilha, pois não se podia votar. Assaltavam-se também os quartéis, para se adquirir armamento: “a arma do guerrilheiro é a arma do seu inimigo”, rezava a cartilha de guerrilha de Carlos Marighela, traduzida em muitos idiomas. Devia ser adotada nas escolas públicas, mas tem na Internet.

As pesquisas deviam ser proibidas, pois o voto é secreto. E se a intenção do fulano for informada aos poderosos? O eleitor pode sofrer uma perseguição por conta de sua intenção. Ainda mais porque as pesquisas atuais são feitas pelo telefone: o instituto telefona para o eleitor e pede para a vítima teclar um número, caso vote em beltrano ou sicrano, ou em branco.

Outra mais que os resultados anunciados pelas pesquisas podem influenciar a decisão dos eleitores. Assim, os resultados anunciados podem ser dirigidos nesse sentido. É o que dizem alguns candidatos quando estão perdendo. O TSE devia fazer uma pesquisa oficial para conferir com os números revelados pelos institutos. O IBGE podia fazer esse trabalho. E os institutos serem chamados à responsabilidade, em caso de muita disparidade nos resultados.

Como eu ia dizendo, dessa vez fui pesquisado três vezes. As duas primeiras consultas que o instituto me fez eu não respondi, desliguei o telefone. Pois o tal instituto telefonou terceira vez, como o galo do Evangelho. Aí eu respondi, quero dizer, teclei. Era uma gravação, e não se conversa com gravação. Teclei, a voz da gravação agradeceu e desligou. Nem sequer disse para qual instituto estava pesquisando.

Continuo sem fazer fé nas ditas pesquisas, mas, dessa vez, pelo menos fui pesquisado. Presumo que minha intenção faça parte de algum dos resultados anunciados. Será uma intenção universal, mas não secreta. O meu voto estará associado ao número do meu telefone. Não fosse isso, as eleições até que podiam ser feitas pela Internet ou por telefone, como fazem os institutos e os bandidos do crime organizado, que dão golpes sem sair do presídio – às vezes em nome do Governo. E não adianta chiar.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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sáb
25
out
2014

Candidato a deputado estadual nas eleições deste ano, tendo obtido    4.810 votos  no último dia 5, Pedro Ruffo (PMN) anunciou sua decisão de apoiar a candidatura do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) na disputa pelo Governo do Estado neste segundo turno.
Contador e professor universitário, Pedro Ruffo já foi secretário de Administração do Conde e teve forte atuação no litoral sul ao longo de sua campanha.

Para  o ex-candidato a deputado estadual, diante das duas alternativas postas neste segundo turno, Cássio Cunha Lima se apresenta como o que reúne melhores condições para governar o Estado de forma equilibrada, com espaço para o diálogo e perspectiva de grandes realizações, como projetos estruturantes, ou mesmo uma elevação na qualidade da prestação dos serviços públicos.

Recentemente, Pedro Ruffo esteve com o candidato a vice-governador na chapa de Cássio, deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) e reafirmou sua disposição de trabalho pela vitória dos tucanos neste segundo turno.

Assessoria


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