“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

sáb
20
dez
2014

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O líder político Ricardo Pereira (PC do B) comentou hoje (20) que ainda não sabe se o ex-deputado Aloysio Pereira passará o Natal ou a virada do ano com a família, em Princesa Isabel.

Ricardo, que é aliado e amigo do ex-parlamentar, lembrou que o chefe político princesense, de 91 anos de idade, “nunca esquece sua terra natal e, quando pode, se faz presente em todas as ocasiões”.

“Estamos torcendo para que o nosso grande timoneiro retorne à Princesa Isabel nas festividades de fim de ano”, disse.


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sáb
20
dez
2014

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Para 60% dos entrevistados, Lula (31%) e Dilma (29%) foram os presidentes que mais combateram a corrupção. FHC ficou na lanterna com apenas 11% 

A Petrobras e a Opinião Pública

Nenhum partido está isento de culpa no escândalo da estatal, aponta pesquisa nacional do Vox Populi

por Marcos Coimbra, em CartaCapital

Para quem acompanhou o carnaval da “grande mídia” em torno das pesquisas em 2014, soa estranho o silêncio atual a respeito da crise da Petrobras. Seus veículos trombeteiam o assunto há 3 meses, mas não dedicaram a ele uma única e escassa pesquisa.

Exagero. Houve uma, realizada pelo Datafolha no início de dezembro. Ficou famosa pela extravagante manchete gerada a partir da leitura das informações pela Folha de São Paulo, dona do instituto: “Brasileiro responsabiliza Dilma por caso Petrobras”. Nenhum outro levantamento foi encomendado. Como se aquele resolvesse a questão e o resultado bastasse. Como se não fosse tão questionável que até a ombudsman do jornal criticaria a despropositada matemática usada pelos editores ao noticiá-la.

Tamanha parcimônia contrasta com o exuberante investimento em pesquisas que a mídia corporativa fez neste ano. Embora tenha sido quase todo bancado pela TV Globo, que financiou as empresas menores, foi uma tal superoferta de pesquisas que, na reta final da eleição presidencial, o cidadão mal conseguia respirar antes de um novo levantamento ser divulgado.

A abundância tinha a ver, é claro, com a torcida para Dilma Rousseff cair nas inteções de voto. Tantas pesquisas refletiam o desejo dos donos de jornal (e seus funcionários) de crescimento de uma das candidaturas a ponto de suplantar a petista. Como sabemos, gastaram dinheiro em vão.

Algo semelhante acontece com as oposições partidárias. Atravessamos o ano a ouvir os líderes oposicionistas citando resultados de pesquisa a torto e a direito: O “desejo de mudança”, a “rejeição ao PT”, a “reprovação do governo”. Seu discurso atual a respeito da crise na Petrobras prescinde, no entanto, de quaisquer referências à opinião pública.

É pena. Todos ganharíamos se ouvíssemos mais e mais frequentemente os cidadãos. Saberíamos o que pensam e compreenderíamos melhor suas manifestações, especialmente as mais importantes, como os resultados eleitorais. Evitaríamos equívocos de interpretação e erros de tomada de posição.

Entre os dias 5 e 8 de dezembro, o Vox Populi fez uma ampla pesquisa nacional, com 2,5 mil entrevistas, distribuídas em 178 municípios. Tratou de vários assuntos e incluiu perguntas sobre a Petrobras.

Ao contrário da tese de alguns próceres tucanos e dos muitos mal informados na sociedade, para os quais a vasta maioria da população ignora o que se passa no Brasil, apenas 13% dos entrevistados não tinham ouvido falar das denúncias de irregularidades na empresa. Em outras palavras, 86% da população as conhecia, sem variações significativas segundo os níveis de escolaridade: 85% entre aqueles com ensino fundamental, 87% no ensino médio e 89% no nível superior.

Entre quem tinha ouvido falar no assunto, 69% acreditavam que “as irregularidades na Petrobras vêm de antes do PT (chegar ao governo federal)”. Dos restantes, 23% disseram achar que “começaram com o PT” e 8% “não sabiam”. Sobre quais partidos estariam “envolvidos nas irregularidades”, 7% dos entrevistados responderam “só o PT” e 18% cravaram “o PT e os partidos da base aliada, como PMDB, PP etc”. Os dois terços restantes disseram que “todos os partidos, incluindo o PSDB, o PSB e o DEM”.

Como se vê, a percepção da grande maioria da opinião pública conflita com o noticiário da mídia hegemônica, que não se cansa de apresentar o PT como o grande vilão no caso. E não poupa as lideranças tucanas, na contramão da imagem de paladinos da moralidade que imaginam possuir.

Aliás, quando a pesquisa pediu a opinião sobre qual dos três últimos presidentes da República “mais combateu a corrupção”, as respostas foram Lula 31%, Dilma 29% e Fernando Henrique Cardoso 11% (os restantes 29% disseram “não saber” ou não responderam). Feitas as contas, 60% escolheram um governante do PT, enquanto FHC nem sequer atinge um quarto do eleitorado que votou no PSDB em outubro.

Por que a mídia prefere não fazer pesquisas sobre o tema? Por que os líderes da oposição se permitem falar ignorando a imagem real que possuem? Hipótese: no fundo, eles não dão o menor valor para o que pensa o cidadão comum.

Viomundo


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sáb
20
dez
2014

O Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer (CEDC), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), foi habilitado pelo Ministério da Saúde para monitorar todos os 28 laboratórios da Rede SUS da Paraíba que realizam exames citopatológicos de colo de útero.

O CEDC é o laboratório de Citopatologia de referência estadual, que absorve, aproximadamente, 40% de toda a produção de exames de colo de útero do Estado. De janeiro a novembro de 2014, foram realizados 41.541 exames citopatológicos. O Centro também é Laboratório de Anatomia Patológica de referência estadual, responsável por realizar 70% dos exames provenientes de biópsias cirúrgicas e percutâneas do Estado (968, entre janeiro e novembro de 2014), além de absorver também toda a demanda do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) e Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol).

O Centro ainda é referencial no estado para detecção precoce do câncer de colo de útero e de mama, realizando atendimento especializado em ginecologica, mastologia e procedimentos intervencionistas de mama e tireóide, guiados por ultrassonografia.

Localizado na Avenida Beira-Rio, em João Pessoa, o CEDC funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 h, atendendo pessoas que são encaminhadas pelos municípios que têm pactuação com a capital. A mudança para o novo local ocorreu em dezembro do ano passado. O prédio foi totalmente adequado para acomodar todos os serviços que o Centro oferece. A unidade tem todos os ambientes climatizados; dispõe dos equipamentos necessários para a realização dos exames e tem uma estrutura física que poucos serviços públicos oferecem.

Principais procedimentos – Dos 22 serviços oferecidos pelo CEDC, para todo o Estado, os principais são: exames citopatológicos, para detecção do câncer de colo de útero; análise de biópsias anatomopatológicas e percutâneas, guiadas por ultrassonografia.

O CEDC possui 13 médicos, entre os quais patologistas, citopatologistas, mastologistas, ginecologistas e ultrassonografistas.  O quadro de profissionais conta ainda com sete técnicos de enfermagem, coordenados por um enfermeiro; quatro citotécnicos e mais 15 técnicos de laboratório, além de outras categorias profissionais.

Secom-PB


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sáb
20
dez
2014

Durante sessão no Senado Federal e fazendo eco à intervenção do senador Magno Malta, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) pediu o engajamento do Senado para agilizar o processo de regulamentação do uso do Canabidiol para fins terapêuticos.  "Precisamos resolver esta questão para ontem" – ilustrou, para enfatizar a urgência da matéria.

O presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), atendeu ao pedido e assinou o Ato nº 25/2014, que instituiu a Comissão de Acompanhamento dos procedimentos referentes à legalização e a reclassificação da substância Canabidiol como medicamento. Renan designou os senadores Cássio Cunha Lima, Magno Malta e Waldemir Moka para integrar a comissão.

Apesar de o Conselho Federal de Medicina ter permitido que médicos receitem a substância,  o Canabidiol  continua classificado pela Anvisa como de "uso proscrito" (proibido).  Isto significa que o medicamento só pode ser importado com autorização especial concedida pelo diretor da agência. Pacientes têm de apresentar prescrição médica e uma série de documentos e o pedido leva, em média, uma semana para ser avaliado pela agência.  "Não podemos permitir que vidas se percam em meio a entraves burocráticos" – afirma Cássio.

O Canabidiol é uma substância química encontrada na maconha que, segundo estudos científicos, é útil para tratar de diversas doenças neurológicas. É utilizado para alívio de crises epilépticas, esclerose múltipla, câncer e dores neuropáticas (associadas a doenças que afetam o sistema nervoso central).

ParlamentoPB


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sáb
20
dez
2014

O diretor-tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Marcus Túlio Campos, lembra aos advogados paraibanos que o prazo final para o pagamento da anuidade de 2014 da Instituição se encerra no final deste mês de dezembro.

Marcus Túlio ressalta a importância do pagamento, pois o advogado que não efetua-lo ainda em dezembro, o que é uma obrigação estatutária, terá o nome incluso na lista de inadimplentes, ficando impossibilitado de votar nas eleições da OAB, que se realizarão no final de 2015.

OAB-PB


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sáb
20
dez
2014

O deputado estadual Gervásio Maia (PMDB), um dos principais articuladores da conjuntura que poderá ascender o colega Adriano Galdino (PSB) à condição de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para o biênio 2015-2016 e a ele próprio, em 2017 e 2018, negou o boato de possíveis modificações nas duas chapas concorrentes.
Em contato com a Rádio Arapuan FM, nesta sexta-feira (19), o parlamentar peemedebista confirmou que a eleição deverá ser mesmo casada, ou seja, com os deputados escolhendo as Mesas Diretoras que comandarão a ALPB nos próximos dois biênios. Segundo ele, as discussões em torno da composição das chapas prosseguem, mas sm nenhuma novidade em relação a possíveis alterações no que já vem sendo divulgado pela imprensa.

“Não existe nenhum indicativo nesse sentido [de mudança]. Tudo está sendo construído na base da conversa, do compromisso e da discussão de um projeto, portanto, até o momento qualquer informação contrária não condiz com a verdade”, afirmou.

Gervásio Maia ainda afirmou que as chapas já postas, com Adriano Galdino e ele próprio, que concorrerão na eleição do próximo dia 2 de fevereiro, contarão com representantes de vários partidos, independente de serem da bancada do governo ou da oposição.

“Na eleição da Mesa Diretora não existe nem situação e nem oposição. Não podemos misturar as coisas, pois, o que queremos é construir uma Mesa com o maior número de partidos, quebrando aquela história de reeleição, estabelecendo uma alternância para que mais deputados possam participar da gestão da Casa nos próximos quatro anos e mudar o que tradicionalmente vinha ocorrendo no passado”, concluiu.

De acordo com informações divulgadas por deputados ligados ao grupo de Gervásio Maia e Adriano Galdino, os dois já contam com uma lista de mais de 20 parlamentares que declararam apoio abertamente à mudança no comando da Casa de Epitácio Pessoa.

WSCOM Online


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sáb
20
dez
2014

“O nosso Zorba era mesmo um filósofo da câmara: andava fotografando vivos e mortos”

Otávio Stiônio

Tempos atrás vi uma foto na banca de revistas Viña del Mar. Era o retrato de um depósito de troços e bagulhos. Em primeiro plano, um amontoado de cadeiras de pernas para o ar; ao fundo,o uma ceia larga tomado quase todo o ambiente. Simplesmente insólita. A foto tinha ganhado um concurso no Rio de Janeiro. À primeira vista, ocorreu-me a certeza de que a fotografia era de Antônio Augusto Fontes, o Zorba, artista de prêmios internacionais e nacionais, pois santo de casa também faz milagres.

Antonio Augusto fotografou celebridades, como Chico Buarque (esse você conhece) para a capa de seu disco Chico Buarque, LP E CD. Em 1984 ganhou o prêmio Eugene Atget, numa promoção da Air France, da Prefeitura de Paris e Paris Audiovisuel. Em 1991, ganhou o prêmio Marc Ferrez de Fotografia, para desenvolver o ensaio “Rio de Janeiro: um olhar cego sobre a cidade”, e a Bolsa Vitae de Arte.

Zorba trabalhou para Isto É, Veja e Exame. Foi é consultor técnico do Arquivo Fotográfico do Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getúlio Vargas. Fez trabalhos de free-lancer para diversos veículos nacionais, como o jornal Estado de São Paulo, para quem fotografou o Raso da Catarina, na Bahia. Ele já fotografara o Raso outras vezes, inclusive para a revista Good Year, numa reportagem com Claudio Bojunga.

Desse trabalho eu fui testemunha ocular, pois acompanhei Zorba durante os cinco dias que passamos no Raso, seguindo as pegadas dos cangaceiros homiziados nas caatingas dos índios Pankararés – aventura que está registrada no meu livro “Dom Sertão, Dona Seca”, também premiado e esgotado. Guiados pelo índio Antônio, saímos meio vivos do raso, onde enfartei, mas consegui dirigir o jipe até bater o motor em Alagoas e fazer o resto da viagem de táxi. E voltar para trazer o jipe num caminhão reboque.

O enfarte foi diagnosticado três dias depois. Não morri no Raso, não morrerei mais nunca, como você está vendo.

Antonio Augusto aperfeiçoou-se como fotógrafo no New York Institute of Photographie. Estudou Antropologia e História da Arte no Manchester College. Mas abandonou o curso de engenharia mecânica no último ano. Não insista, não há quem o convença a voltar. Depois, fez sua sede no Rio de Janeiro, onde mora com Alba Maria Peregrino Fontes(Basinha), a professora de flauta, e onde teve três filhos: Catarina, Beatriz e André, pela ordem de entrada.

O nome de Zorba ele ganhou por conta de seu perfil de filósofo, ao tempo em era exibido o filme “Zorba, o Grego”. Mas a maledicência fala também numa namorada grega, que frequentou sua adolescência. O nosso Zorba era mesmo um filósofo da câmara: andava fotografando vivos e mortos. Tem um ensaio sobre o Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, e outro sobre o secular Cemitério Senhor da Boa Sentença, na Paraíba.

Ele vem todos os verões, fiel como as andorinhas. Agora mesmo Zorba está em Praia Formosa, no antigo chalé da família de Basinha, os Peregrinos. Uma casa de alto astral, sente-se só de entrar. Mesmo tombados, os chalés de Formosa estão desaparecendo diante da erosão imobiliária. Restam apenas alguns, e os que Zorba recolheu na sua máquina fotográfica. Ontem foi fotografar o Engenho Trapuá, onde José Lins do Rego viveu sua infância, palco do imortal “Menino de Engenho”.

O momento é propício para Antonio Augusto Zorba fotografar a Fortaleza de Santa Catarina restaurada. Primeiro foram os portugueses, que a construíram; depois os holandeses, que a tomaram e ampliaram; em pós os brasileiros, que a recuperaram. Agora, o internacional Zorba a resgatou definitivamente no preto e branco de sua luz.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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