qua
17
dez
2014

Os presidentes de Cuba, Raúl Castro e dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciaram nesta quarta-feira (17) o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e Washington deve estabelecer uma embaixada em Havana nos próximos meses. O papa Francisco e o Vaticano desempenharam um papel como intermediários para a aproximação. O papa também enviou carta com um apelo pessoal a Barack Obama e a Raul Castro e o Vaticano acolheu delegações dos dois países. Estados Unidos e Cuba estão separados apenas por 150 quilômetros pelo Estreito da Florida e não têm relações diplomáticas oficiais desde 1961.

"Chegamos ao acordo do restabelecimento das relações diplomáticas, ainda que isso não queira dizer que o principal tenha sido resolvido, que é o bloqueio econômico, comercial e financeiro que provoca grandes danos e deve acabar", afirmou Raúl Castro em discurso transmitido por cadeia de rádio e televisão.

O embargo econômico, comercial e financeiro contra Cuba foi imposto pelos Estados Unidos em 1962, depois do fracasso da invasão à ilha, para tentar derrubar o regime de Fidel Castro em 1961, que ficou conhecida como o episódio da Baía dos Porcos.

Nesta manhã, Cuba liberou o espião norte-americano Alan Gross, detido no país há cinco anos e sentenciado pela justiça local a 15 anos de prisão por encabeçar um projeto para introduzir satélites de forma ilegal na ilha do Caribe. Castro anunciou que os espiões cubanos que permaneciam presos nos Estados Unidos também foram liberados e já se encontram em Cuba.

Pouco depois, René González, um dos cinco presos nos EUA liberado em 2011 após cumprir 15 anos de prisão , anunciou em sua conta na rede social Twitter que a Oficina de Prisões Federais mudou a data de saída de seus três companheiros que ainda permanecem encarcerados para este 17 de dezembro.

René González, Fernando González, Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino, foram detidos em 1998 na cidade de Miami, EUA, por espionarem grupos extremistas que organizavam e financiavam ações violentas contra Cuba. Os dois primeiros já estavam em liberdade, após cumprirem suas condenações.

Agências Lusa e Telesur


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