sáb
28
mar
2015

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Colunista Breno Altman avalia que o PMDB, de Renan Calheiros e Eduardo Cunha, já abandonou o governo, mas, paradoxalmente, controla mais e mais espaços na administração pública; "os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado trabalham dia e noite para consolidar agenda que costure novo bloco oligárquico, capaz de emparedar a chefe de Estado e desidratar sua liderança, ao mesmo tempo que transforma o PT em bagaço político", diz ele; "o roteiro em cena lembra agressores que vão se assanhando com a falta de reação da vítima, sentindo-se cada vez mais fortalecidos e despojados de limites, dobrando a cada lance sua truculência"

247 – O colunista Breno Altman questiona, em seu blog em parceria com o 247, a passividade do governo federal diante da agressividade cada vez maior do PMDB, suposto aliado.

"Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, trabalham dia e noite para consolidar agenda que costure novo bloco oligárquico, capaz de emparedar a chefe de Estado e desidratar sua liderança, ao mesmo tempo que transforma o PT em bagaço político", diz ele.

"Ambos personagens, com a corda no pescoço por conta da Operação Lava Jato, reagiram de maneira oposta à intimidação que tomou conta de hostes petistas: estabelecem compromissos de classe e buscam tornar indispensável sua serventia para desconstituir a esquerda como coalizão dirigente."

Altman avalia que o PMDB acabará aprovando o ajuste fiscal, mas trabalhará para isolar cada vez mais o PT. "O PMDB provavelmente aprovará as propostas de ajuste fiscal, pois correspondem a interesses do capital financeiro, mas tentará ser o mediador de certa flexibilização, jogando no colo do governo e do petismo o desgaste pela defesa intransigente de providências antipopulares", afirma.

"De quebra, o PMDB se compõe com o PSDB para controlar a CPI da Petrobrás e direcioná-la, em conluio com a mídia privada, contra o Palácio do Planalto."

O colunista, no entanto, afirma que a presidente Dilma hoje vive no pior dos mundos. Não declarou guerra ao PMDB, mas também não tem a paz. E se torna alvo de ataques cada vez mais frequentes. "Para quem preferir imagem mais adequada ao governo que sancionou a Lei Maria da Penha, o roteiro em cena lembra agressores que vão se assanhando com a falta de reação da vítima, sentindo-se cada vez mais fortalecidos e despojados de limites, dobrando a cada lance sua truculência", diz ele. "A pergunta que não pode calar, como é típico de histórias deste tipo: até quando?"

Leia a íntegra em "Deserção do PMDB paralisa o governo".

Brasil 247


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