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02
jul
2015

Fim do consumo de lâmpadas incandescentes nas casas brasileiras pode gerar uma economia de 4% de toda a energia elétrica usada para abastecer residências / Foto: Reprodução

A partir desta quarta-feira (1º), as lâmpadas incandescentes com potência de 60W vão sair de circulação. Agora é proibido produzir, importar e vender esse tipo de lâmpada no Brasil. As multas para quem descumprir a regra variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, informa o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

O motivo da retirada do produto do mercado é sua baixa eficiência energética, já que são lâmpadas que consomem muita energia para iluminar pouco. O processo de funcionamento das chamadas lâmpadas quentes exige temperaturas elevadas para gerar luz. A maior parte desse calor é perdida para o ambiente. “Somente 5% da energia gasta é usada para iluminação. O resto é usado para aquecer a lâmpada. É muita energia para pouca luz”, diz o professor de engenharia elétrica Luciano Duque.

De acordo com o professor, o maior obstáculo para a troca por tecnologias mais eficientes, como as lâmpadas fluorescentes compactas ou as de LED, ainda é o preço. “É possível encontrar lâmpadas de LED a partir de R$ 20. Se se comparar com uma incandescente, de R$ 4, realmente a diferença é muito grande, mas a economia na conta de luz vale a pena.”

O engenheiro do Inmetro Marcos Borges afirma que, nos últimos anos, a população tem se conscientizado sobre a questão. “Em 2010, 70% dos lares brasileiros eram iluminados por lâmpadas incandescentes. Hoje o número se inverteu. Agora, somente 30% das residências usam as incandescentes.”
Segundo Borges, o fim do consumo de lâmpadas incandescentes nas casas brasileiras pode gerar uma economia de 4% de toda a energia elétrica usada para abastecer residências. A previsão do Inmetro é que os preços caiam, com a saída das lâmpadas de 60W do mercado e o início da produção em larga escala de lâmpadas fluorescentes e de LED.

Para as famílias que não têm condições de trocar todas as lâmpadas incandescentes de uma só vez, Duque recomenda que façam a mudança aos poucos, de acordo com o orçamento familiar e começando pelo cômodo da casa que fica mais tempo com as luzes acesas. “A cada lâmpada trocada, a família vai ver a economia na conta de luz”. A troca de uma lampada de 60W incandescente por uma de LED com luminosidade equivalente, ligada 4 horas por dia, levará à economia média de R$ 36 por ano na conta da luz, informou.

O processo de retirada de lâmpadas incandescentes do mercado brasileiro teve início em 2010. Desde então, foram retiradas do mercado as lâmpadas incandescentes de 100W, 150W e 200W. Com a proibição das de 60W, ficam faltando apenas as de potência entre 25W e 40W, que deixarão e ser comercializadas em 30 de junho de 2016.

Quando se comparam os efeitos de produtos de tecnologia mais moderna, como as lâmpadas fluorescentes compactas e as de LED, o uso das incandescentes não se justifica, afirma o professor de engenharia elétrica. Uma lâmpada incandescente de 60W, ligada 5 horas por dia, por 30 dias, consome em média 9kw/h. Uma fluorescente de 20W, que gera a mesma intensidade de luz, ligada pelo mesmo tempo, consome 3,6kw/h. Uma lampada de LED de 8W, que permaneça 5 horas durante 30 dias, consome 1,2 KW/h.

O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) informa que a diferença de duração das lâmpadas é grande. Segundo o Procel, as incandescentes duram em média 1.000 horas; as fluorescentes, 6 mil horas; e as de LED, 25 mil horas.

O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) informa que a diferença de duração das lâmpadas é grande. Segundo o Procel, as incandescentes duram em média 1.000 horas; as fluorescentes, 6 mil horas; e as de LED, cerca de 25 mil horas.

Agência Brasil


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