sex
05
fev
2016

Motta

O deputado Hugo Motta (PB) avisou aos ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff que é contra o processo de impeachment e a favor da aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque que o governo quer aprovar no Congresso para tentar equilibrar as contas públicas. A aproximação de Motta, segundo alguns de seus interlocutores, é uma tentativa de evitar ser carimbado como representante da ala oposicionista do PMDB na disputa pela liderança do partido na Câmara.

Identificado como homem de confiança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Motta procura se distanciar do seu padrinho para tentar obter votos entre os deputados que defendem a manutenção do atual líder da bancada, Leonardo Picciani (RJ), nome preferido pelo governo e considerado fiel a Dilma. Os dissidentes da legenda resolveram amenizar o discurso pelo impeachment, mas não admitem a aprovação da CPMF, como quer Motta.

A eleição para líder do PMDB na Câmara está marcada para o dia 17, na volta do recesso do Carnaval. Até lá Picciani e Motta farão campanha com visitas aos deputados federais e governadores. Os dois deputados e seus seguidores garantem que vão ganhar a disputa.

O cargo é importante porque o líder do PMDB, hoje a maior bancada na Câmara, indicará oito dos 65 membros titulares (e mais oito suplentes) do partido na comissão processante que vai analisar o pedido de impeachment da presidente. Para o Planalto, é essencial que Picciani vença a disputa e garanta uma chapa comprometida com a continuidade do governo.

Congresso em Foco


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