sáb
03
dez
2016

temer_velório_chapecoense

Alvo de muitas críticas, após decidir não ir ao velório público dos jogadores da Chapecoense, na Arena Condá, por temer vaias, o presidente Michel Temer mudou de ideia e resolveu que irá participar da cerimônia; Temer chegou ao aeroporto de Chapecó (SC), pouco depois das 8h45 deste sábado (3); ele participa neste momento das primeiras homenagens, feitas pelos militares, no próprio aeroporto; a ideia inicial era Temer entregar medalhas ao familiares das vítimas no próprio aeroporto e assim evitar possíveis reações contrárias a ele no estádio; a decisão inicial de Temer de não ir ao velório gerou uma reação dura; a primeira delas foi a do pai de um jogadores, que falou em "falta de respeito"; o jornalista Josias de Souza, do UOL, disse que "um presidente da República que não pode frequentar um velório talvez esteja vivendo seu próprio funeral".

Alvo de uma avalanche de críticas, após decidir não ir ao velório público dos jogadores da Chapecoense, na Arena Condá, por temer vaias, o presidente Michel Temer mudou de ideia e resolveu que irá participar da cerimônia. Temer chegou ao aeroporto de Chapecó (SC), pouco depois das 8h45 deste sábado (3). Ele participa neste momento das primeiras homenagens, feitas pelos militares, no próprio aeroporto.

Conforme a assessoria de imprensa da Presidência da República, durante a cerimônia, o presidente vai entregar às famílias a Medalha da Ordem do Mérito Desportivo como reconhecimento do governo federal e do povo brasileiro pelos serviços prestados ao país por todos os que estavam no voo que caiu na Colômbia na madrugada de terça (29). Depois disso é que ele irá ao velório público, no estádio.

A decisão inicial de Temer era "homenagear" as famílias das vítimas do acidente no próprio aeroporto, o que significaria que as famílias é que deveriam ir ao encontro do presidente e não o contrário. Ele teme que sua ida ao velório público gere reações contrárias. Mas a atitude provocou uma reação dura.

A primeira delas foi a do pai de um jogadores. Osmar Machado, pai do zagueiro Filipe Machado, afirmou que não iria ao encontro de Temer. "Eu não vou, de jeito nenhum. Ele que tem que vir aqui. Você acha que eu vou deixar o meu filho aqui (no velório) e vou lá dar um abraço nele só porque ele é presidente? Eu acho até uma falta de respeito dele ficar lá. Eu acho que ele teria que vir aqui participar, ficar aqui", disse (leia mais aqui).

O jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, ironizou, via Twitter, o medo de Temer. Para ele, a atitude de Temer, além de ser "tão reveladora", é, também, um "cálculo nojento". O comentário do jornalista: Brazil’s Temer to skip public wake for plane crash victims due to fear of booing, which is a) so revealing & b) a disgusting calculation.

Josias de Souza, do UOL, fez uma análise sobre Temer (aqui): "Um presidente da República que não pode frequentar um velório talvez esteja vivendo seu próprio funeral. Em política, quando o vivo é pouco militante muitos têm vontade de lhe enviar coroas de flores".

O jornalista Leandro Fortes também criticou o presidente. "Temer não é só um golpista execrável. É a figura mais patética e sórdida que a política brasileira produziu, em toda a sua história. E o presidente mais cagão", disse (aqui).

Fernando Brito, do Tijolaço, definiu a atitude inicial de Temer como repugnante (aqui), enquanto Kiko Nogueira, do DCM, afirmou que Temer é diminuto e não merece o povo brasileiro (aqui).

Brasil 247


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