Juiz Eduardo Cubas, presidente da União Nacional dos Juízes Federais (Unajuf), afirma que "questionar vazamentos seletivos soa, no mínimo, hipocrisia judicial. Ou vale, ou não vale. Decidir de dois jeitos é que é inaceitável"; e questiona: "Fico a imaginar o que V.Exa. diria se um Juiz de 1º Grau fosse visto jantando com um réu. Melhor, viajasse com esse réu. Comentasse sobre processos em curso desse réu".

O presidente da União Nacional dos Juízes Federais (Unajuf), Eduardo Cubas, escreveu uma carta ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, em que o acusa de fazer política em seus atos, entre eles o de criticar – apenas agora – os vazamentos da Operação Lava Jato por parte do Ministério Público Federal.

"Questionar vazamentos seletivos soa, no mínimo, hipocrisia judicial. Ou vale, ou não vale. Decidir de dois jeitos é que é inaceitável", diz Cubas. "Lealdade com suas próprias decisões é o mínimo que se espera de um julgador. Por isso que aqui se divisa a fronteira entre politicagem e política, cujos conceitos são do domínio público", afirma.

O juiz também questiona: "Fico a imaginar o que V.Exa. diria se um Juiz de 1º Grau fosse visto jantando com um réu. Melhor, viajasse com esse réu. Comentasse sobre processos em curso desse réu. Aliás, dadas às condições históricas e da emblemática conjecturização, supomos do Juiz Sérgio Moro flagrado almoçando com o ex-Presidente Lula, que é réu em ação penal conduzida pelo mesmo. O que aconteceria?".

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Brasil 247