ter
28
mar
2017

Ricardo Pereira lamenta morte de Dom Marcelo

O prefeito da cidade de Princesa Isabel-PB, Ricardo Pereira do Nascimento (PSB), lamentou na manhã desta segunda-feira (27), a morte do Arcebispo Emérito da Paraíba Dom Marcelo Pinto Carvalheira. Ricardo pontuou a trajetória honrosa do arcebispo e seu legado. “Dom Marcelo Carvalheira teve uma vida honrada, de luta em defesa dos mais humildes e foi destemido evangelizador em um período difícil que o país viveu…um exemplo a ser seguido; o mundo perde muito com a partida de Dom Marcelo…seu brilhante legado não será esquecido.” – disse Ricardo.

Autor do livro Deus lhe pague, o jornalista e diácono José Nunes descreve Dom Marcelo como um místico a serviço da evangelização. “Evangelizar com Jesus, evangelizar com Maria, evangelizar sempre, foi o que disse Dom Marcelo Carvalheira quando recebeu o cajado de Arcebispo Metropolitano de João Pessoa”, conta Nunes. Segundo ele, foi pela mística e pela sua espiritualidade que Dom Marcelo enfrentou os mais terríveis momentos que uma pessoa pode viver. “Por isso se compadece tanto do sofrimento do pobre”.

No prefacio do livro Deus lhe pague, padre José Comblin afirma que a paixão de Dom Marcelo era evangelizar. “Tudo nele estava orientado para a evangelização. Em momento algum ele perdia de vista esta sua razão de viver. Evangelizava pela palavra, pelos gestos, pela acolhida, pelas obras que sustentava e suscitava, pela exortação constante dirigida a todos os seus colaboradores”.

Ao ser ordenado padre no dia 28 de fevereiro de 1953, em Roma, Dom Marcelo escolheu como lema a palavra evangelizar. Como padre, foi Professor de Teologia no Seminário de Olinda; Diretor Espiritual do Seminário; primeiro reitor do Seminário Regional do Nordeste Olinda; Assistente Eclesiástico da Ação Católica e Subsecretário do Regional Nordeste II da CNBB.

Neste período, Dom Marcelo foi um dos mais importantes colaboradores de Dom Hélder Câmara. Durante o regime militar no Brasil, defendeu os líderes católicos perseguidos, sendo ele mesmo preso e torturado. Em janeiro de 2009, Dom Marcelo foi indenizado pelo estado por reparação econômica de danos, recebendo a quantia de R$ 100 mil.

Foi nomeado bispo auxiliar da Paraíba, recebendo a sé titular de Bitilio, que abrangia 25 cidades, em 29 de outubro de 1975, sendo ordenado bispo, aos 47 anos, em 27 de dezembro de 1975, pelas mãos de Dom Helder Pessoa Câmara, Dom Aloísio Lorscheider e Dom José Maria Pires.

Em 9 de novembro de 1981, aos 53 anos, foi designado bispo da recém criada Diocese de Guarabira, na Paraíba. Em 29 de novembro de 1995 foi designado para ser Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba, múnus que exerceu até 5 de maio de 2004.

Como bispo e arcebispo, foi membro da Comissão Episcopal de Pastoral da CNBB Nacional (1987-1991 e 1995-1998), responsável pelo setor Leigos e CEBs; Vice-Presidente da CNBB Nacional (1998 a 2004). Participou do Sínodo dos Bispos sobre os Leigos e da Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Santo Domingo. Foi delegado à Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembléia da CNBB e confirmado pelo Papa João Paulo II (1997).

Ascom-PMPI


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