seg
04
maio
2020

medalhistas

A educação levou novas possibilidades para Mikael Lacerda Porfirio Neves, de 18 anos, e para João Rubens Ramos, de 17 anos, ambos alunos na Escola Cidadã Integral Monsenhor Manuel Vieira, em Patos. Os jovens estudantes conquistaram medalhas de bronze e ouro, respectivamente, na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica 2019 e foram classificados para participar da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica 2020.

Após a classificação com medalha de bronze, Mikael, que deseja ser engenheiro, por já ter concluído o Ensino Médio no ano passado ganhou uma bolsa na Universidade de São Paulo (USP). Já João Rubens, que em 2020 ainda está cursando o 3º ano do Ensino Médio e sonha com arquitetura ou engenharia civil, poderá usar o resultado da medalha de ouro para concorrer a bolsas nas principais Universidades do país, com validade de dois anos, quando concluir o Ensino Médio.

O mundo das competições sempre fez parte da vida de João Rubens. Desde criança, estudou em escolas públicas que incentivaram as olimpíadas. Atualmente, na ECI Monsenhor Manuel Vieira, ele comemora o resultado fruto do seu esforço e apoio dos professores. “Eu tenho que citar o auxílio da escola. Eles foram muito bons, tivemos apoio, aulões, foi extraordinário o apoio da escola. Não é um assunto ligado ao nosso cotidiano, mas é interessante e estimulador para aprender”, comentou.

Ele conta que cerca de 60 alunos, apenas da escola estadual em que estuda, se inscreveram na Olimpíada. A alta concorrência precisou de um esforço maior. “A gente sempre tem que correr atrás dos sonhos, manter os pés no chão e a cabeça nas alturas”, aconselhou.

Os próximos meses do ano serão decisivos para João, que pretende terminar o Ensino Médio com chave de ouro. “Agora, nesse período de pandemia, está um pouco ruim, muitos eventos foram cancelados. Mas, quando tudo se normalizar, eu vou me esforçar em todas as olimpíadas que vierem pela frente. A USP funciona assim, quanto mais medalhas você tem, melhor as chances de você ingressar no curso que deseja”, disse.

Já Mikael Porfírio, que está em dúvida entre os cursos de Engenharia Mecatrônica ou Engenharia Astronáutica, ao conquistar a medalha de bronze da Olimpíada, conseguiu chegar à pontuação necessária para garantir a sua bolsa na USP. Mas o futuro para o aluno egresso da Rede Estadual de Ensino ainda é cheio de expectativas, já que as propostas não param de chegar. “Para o futuro são muitas possibilidades, pois ainda tenho que fazer muitas escolhas. Além da bolsa da USP, também recebi uma oportunidade de bolsa no exterior. Tenho que tomar uma decisão”, comentou.

A facilidade em encontrar soluções matemáticas foi percebida ainda nos primeiros anos da escola, fazendo Mikael se aprofundar no mundo das matérias exatas. Aluno da Rede Estadual de Ensino até o ano passado, quando concluiu o Ensino Médio, ele recebeu o incentivo de sua escola e professores para atingir o objetivo tão almejado nas olimpíadas que participou. “Esse período de preparação foi com a ajuda do nosso professor de Física, José Roberto. Ele deu todo o apoio à gente, explicando como funcionava cada processo”, disse.

O professor de Física da ECI Monsenhor Manuel Vieira, José Roberto, contou que se dedicou a ensinar astrologia aos alunos interessados em participar das olimpíadas. “Como não é um assunto visto de forma aprofundada na sala de aula, eu me dediquei a ensiná-los extraclasse com aulas sobre o assunto que seria cobrado nas olimpíadas”, explicou.

Ele enfatizou que a Rede Estadual de Ensino tem uma política de incentivo aos alunos em olimpíadas, para motivá-los ao estudo e levar novas oportunidades de futuro. “A nossa escola sempre fica atenta para as datas de inscrições das olimpíadas. Assim que são abertas, nós realizamos a inscrição e convocamos os alunos que desejam participar”.

O educador se diz realizado e feliz com as conquistas de seus alunos. “É muito gratificante quando vemos que um estudante, pelos seus esforços e empenho, alcança seu objetivo. Para a nossa escola, é motivo de alegria saber que a gente, de alguma forma, contribuiu para essas realizações”.

Humildemente, Mikael disse que sem o apoio de professores, amigos e familiares, não teria alcançado a medalha ou mesmo o resultado de bolsa na USP. “Eu sou como qualquer outra pessoa normal, só fui dedicado e estudioso. Além de ter tido um bom acompanhamento da minha família, meus amigos e professores que sempre me apoiaram. E minha mãe que, apesar de me criar sozinha, sempre me apoiou, sendo pai e mãe ao mesmo tempo”.

Secom-PB


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