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15
maio
2020

O presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa no Palácio da Alvorada

Governadores criticaram duramente Jair Bolsonaro pelas diretrizes para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus que contrariam a ciência e estimulam o conflito, além de resultar na demissão de dois ministros da Saúde em menos de um mês.

247 – A saída de Nelson Teich do comando do Ministério da Saúde menos de um mês após assumir o cargo, resultou em uma saraivada de críticas  dos governadores de todo o Brasil contra Jair Bolsonaro em função das suas diretrizes para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Bolsonaro coloca o país em um "caldeirão interminável de intriga". " O Brasil acorda assustado com as crises diárias de agressões a democracia, ao Congresso, ao STF, a imprensa, agressões a ministros do seu próprio governo. Como senhor fez e continua fazer. Fez com Bebbiano, com Santos Cruz, com Sergio Moro , fez com Luiz Henrique Mandetta e fez agora com Nelson Teich. Presidente, governe. administre o seu país com equilíbrio, paz no coração, discernimento e grandeza. Pare com as agressões, de colocar o país em um caldeirão interminável de intriga. O país precisa estar em paz”, disse Doria.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), usou sua página no Twitter para afirmar que ninguém conseguirá "fazer um trabalho sério"  com as interferências feitas por Jair Bolsonaro nos ministérios e na Polícia Federal. “Governadores e prefeitos precisam conduzir a crise da pandemia e não o senhor, presidente", postou Witzel. Ainda segundo ele, Teich “é mais um herói que se vai".

O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), disse nas redes sociais  que a "confusão que Bolsonaro cria é única no planeta. Espero que as instituições julguem o quanto antes a produção de tantos desastres, entre os quais a demissão de DOIS ministros da Saúde em meio a uma gigantesca crise sanitária. O Brasil merece uma gestão séria e competente”.

Para o governador do Ceará, Camilo Santana (PT) é “uma afronta ao país”. “A saída do segundo ministro da Saúde em menos de um mês traz enorme insegurança e preocupação. É inadmissível que, diante da gravíssima crise sanitária que vivemos, o foco do Governo Federal continue sendo em torno de discussões políticas e ideológicas. Isso é uma afronta ao país”, postou.

O governador do Espírito santo, Renato Casagrande (PSB) observou que “a saída de mais um ministro da saúde em meio a pandemia, mostra como estamos à deriva no enfrentamento à crise por parte do governo federal. Ou o PR deixa o ministério agir, segundo as orientações da OMS ou vamos perder cada vez mais brasileiros”.

Brasil 247


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