César, Shakespeare, estrelas, protestos e outras coisas mais

Por motivo superior, o jornalista signatário deste blog não pode cobrir o protesto  de rua realizado na tarde deste sábado (29) em Princesa Isabel, na esteira das manifestações populares que há três semanas ocorrem nas cidades de todo o país.

Claro que a pauta de reivindicações deve priorizar os problemas locais, e a pressão popular precisa ser exercida de forma a arrancar as soluções respectivas nas diversas esferas dos podres poderes.

Lembro de uma passagem da peça Júlio César, de Shakespeare, no trecho em que Cassius sentencia a seu amigo Brutus que “a culpa não está nas estrelas, mas em nós mesmos”.

Evidentemente, é preciso subverter a lógica interna de tal enunciado, e deixar de atribuir aos corpos celestes papel preponderante na História. A culpa das mazelas existentes não é da política – a atividade por excelência da cidadania em sua acepção aristotélica.

A culpa também não é, a rigor, nossa, mas sim dos maus políticos que infelizmente escolhemos – esses novos salteadores da esperança de dias melhores. Nada deve ser escrito por ou nas estrelas. Não vamos pedir destino, temos direito ao avesso.

Mudar é preciso. E Já.

E por nós próprios, em legítima defesa, sem a intervenção de estrelas desvairadas.

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