dom
26
jul
2020

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Os bancos continuarão pagando menos impostos do que o resto do país e as classes médias mais do que já pagava antes.

A reforma tributária do ministro da Economia, Paulo Guedes, que entregou a proposta para o Congresso na terça-feira, 21, enquanto favorece os bancos, prejudica a classe média e os pequenos e micro empresários. A reforma propõe fundir o PIS e a Cofins para formar a contribuição sobre bens e serviços (CBS), um imposto sobre valor agregado (IVA).

O novo tributo vai ser elevado para 12% será não cumulativo, ou seja, em cada fase da cadeia, a empresa paga seu IVA mas desconta o IVA que foi pago por seus fornecedores. Isso pode favorecer alguns setores da indústria, mas prejudica setores em que não existe essa cadeia de fornecedores, como o de serviços e comércio, que não terão impostos compensados e verão aumentar o valor da alíquota.

Ao mesmo tempo, Guedes ajuda os bancos, pois apesar de ter aumentado o PIS/Cofins de 4,65% para 5,8%, os bancos continuarão pagando menos impostos do que o resto do país. A proposta também favorece os templos, que continuam isentos, e o agronegócio. Após o envio da proposta, o ministro foi alvo de várias críticas nas redes sociais, chamado de “Robin Hood ao contrário”, que rouba dos pobres para dar aos ricos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na sexta-feira, 24, que o Congresso ainda pode avançar na reforma tributária este ano, mas que a proposta do governo enfrenta resistências e dificilmente um novo imposto, mesmo que seja para desonerar a folha de pagamentos, será aprovado.

Brasil 247


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