ter
09
fev
2021

cemitério romano
Cemitério romano do século IV d.C (Foto: © Foto / Vatican Museum)

Novos sepultamentos descobertos sob a Cidade do Vaticano lançaram luz sobre os costumes funerários que abrigavam a elite e pessoas comuns no tempo dos césares romanos.

Mais de 250 tumbas com restos humanos datadas do início do século IV d.C. foram descobertas dentro da antiga necrópole romana de Santa Rosa, local que hoje é a Cidade do Vaticano, segundo o The Jerusalem Post.

A descoberta inclui uma variedade surpreendente de tumbas, lápides, retratos funerários e belos sarcófagos esculpidos com os nomes dos sepultados, bem como tubos de libação nivelados e objetos de sepultura ainda presentes na tumba, permitindo aos arqueólogos estudarem os costumes funerários romanos do século I ao século III d.C..

"Os sepultamentos não apenas lançam luz sobre a transição das práticas funerárias […] como também expressam as esperanças e superstições dos falecidos numa época em que os romanos deixaram de acreditar nos deuses olímpicos, e assim, ficaram sem saber [como] confiar sua expectativa de uma vida após a morte [relativa] a novas filosofias ou velhas superstições", disse Giandomenico Spinola, diretor do departamento de arte grega e romana do Museu do Vaticano, citado pela mídia. 

O cemitério recém-escavado fornece percepções intrigantes e inesperadas sobre a vida daqueles que estavam fora da elite romana.

Naquela época, existia a perspectiva de movimento econômico, e quando as pessoas das classes mais baixas, como ex-escravos, enriqueceram, procuravam comemorar seu sucesso construindo um túmulo ou lápide que servisse como um lembrete visual de sua ascensão. Como exemplo, a lápide encontrada abaixo que pertenceu a um escravo com nome de Grathus.

Outro exemplo é o sepulcro do servo de Nero, Alcimus, que realizou trabalhos de manutenção no teatro de Pompeo em Roma.

A junção de sepultamentos de pessoas comuns e da elite, permite ao cemitério da necrópole de Santa Rosa ser uma importante relíquia para a compreensão da sociedade romana.

"Esse é um dos cemitérios mais bem preservados do mundo romano. Contém aqui um tesouro sobre a vida naquela época. Podemos encontrar sepultamentos de homens comuns como carteiros, padeiros, ferreiros, fabricantes de fontes, embaixadores e membros de uma equipe de cocheiros que competiram no circo", disse Leonardo Di Blasi, codiretor da necrópole de Santa Rosa, citado pela mídia.

Di Blasi adiciona que "o local continuará a fornecer informações valiosas sobre a sociedade romana".

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Brasil 247


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