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01
abr
2021

felino_Bica

O Parque Arruda Câmara (Bica) mantém todos os cuidados necessários para a preservação dos animais. Mesmo fechado para o público por causa da pandemia de Covid-19, a Bica conta com uma equipe multidisciplinar e estrutura física para acolher aves, répteis e mamíferos, cumprindo o importante papel de conservação de espécies, proporcionando bem-estar aos animais que não têm condições de retornar à natureza.

Numa área com 26,8 hectares de vegetação nativa de Mata Atlântica, os animais contam com recintos padronizados, de acordo com as normas determinadas pelo Instituto Brasileiro de Recursos Renováveis (Ibama) e uma equipe formada por biólogos, médicos veterinários, ecólogo e zootecnistas, que se esforça para oferecer o máximo possível de qualidade de vida aos animais que vivem em cativeiro.

O secretário de Meio Ambiente, Welison de Araújo Silveira, destacou que todos os procedimentos têm como objetivo preservar espécies e proporcionar o bem-estar dos animais. “Muitas vezes, os bichos sofreram maus-tratos durante os processos de tráfico de animais e nas apreensões. Alguns foram até mutilados e chegam na Bica traumatizados. O papel dos nossos técnicos é oferecer qualidade de vida, considerando que estão fora do habitat natural”, afirmou.

O Parque Arruda Câmara conta com milhares de espécies animais. É o caso do jacaré-de-papo-amarelo, que até bem pouco tempo estava na ‘lista oficial da fauna brasileira ameaçada de extinção’, além do macaco-prego-galego, considerado em perigo de extinção (EN, Fonte ICMbio).

Segundo o ecólogo Kleber Filho, por meio do bem-estar proporcionado aos animais, se consegue melhorar a expectativa de vida deles e preservar as espécies. “O bem-estar animal pode ser proporcionado de diversas formas. Desde os cuidados com os alimentos e a adequação da dieta para cada espécie, como também por meio do enriquecimento ambiental, disponibilizando brinquedos para que os bichos tenham acesso às comidas que não fazem parte da rotina deles, trabalhando a forma como esses alimentos são ofertados, seja dentro de embrulhos ou escondidos no recinto, estimulando o animal para que ele siga seus instintos”, observou.

Outro procedimento usado é a recintagem (ambientação do local), que torna o ambiente dos animais semelhante ao que ele teria na natureza. “Além disso, todos os recintos têm um lugar para que eles possam entrar e se manter reservados, caso eles não queiram ser vistos”, disse Kleber Filho.

A zootecnista Cintia Cleub ressalta que, mesmo durante a pandemia, o acompanhamento nutricional de todos os animais continua sendo realizado, juntamente com os tratadores. “Todos os dias os animais têm esse suporte e os recintos continuam sendo limpos e recebendo manutenção”, lembrou.

Recepção – Todos os animais são conduzidos ao Parque Arruda Câmara pelos profissionais da Polícia Ambiental ou pelo Ibama, não sendo permitido à Bica receber animais por meio de doação ou diretamente da população. Aqueles que criam animais silvestres em casa podem fazer a entrega voluntária à Polícia Ambiental, entrando em contato pelo 190, ou ao Ibama, sem risco de multa ou prisão.

Secom/JP


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