O governo de Princesa Isabel comemorou os 146 anos de Emancipação Política do município com o hasteamento das bandeiras e execução dos hinos nacional e municipal na praça Coronel José Pereira Lima. Na ocasião, alunos das escolas da rede municipal e estadual realizaram apresentações culturais homenageando e representando a história da cidade, além da Banda Marcial Manoel Marrocos, do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. O evento contou também com o lançamento do livro “O Alvorecer dos Aprendizes”, do autor princesense Mateus Fonseca.

Fazendo parte ainda das comemorações dos 146 anos de Emancipação Política, será celebrada uma missa em ação de graças ao município, às 19h, na igreja matriz Nossa Senhora do Bom Conselho.

EMANCIPAÇÃO – AUTONOMIA – INDEPENDENCIA

O Município de Princesa Isabel, localizado no alto sertão paraibano, situa-se sobre a Serra do Teixeira, no extremo sudoeste da Paraíba, fronteira com Pernambuco. Sua história escrita e registrada se inicia nos meados do século 18, quando em 1766 LOURENÇO DE BRITO CORREIA recebeu terras doadas pelo governo da época (sesmarias). Ao longo dos anos se formou uma fazenda de criar gados e plantação de lavouras, que tomou o nome de PERDIÇÃO. Assim permaneceu durante 90 anos, quando em 1856, o Padre FRANCISCO TAVARES ARCOVERDE (nascido nos Patos de São José), atendendo desejo dos moradores da região, com apoio da família proprietária da fazenda, Natália Maria do Espirito Santo e filhos, ergueu uma capela e a dedicou a Nossa Senhora do Bom Conselho. Essa capela foi concluída, e nela se registrou seu primeiro batizado em 12 de dezembro de 1857.

Por lei municipal, essa data passou a ser adotada como a data da FUNDAÇÃO, daquela que viria a ser a cidade de Princesa Isabel, sede do município do mesmo nome. Do arruado que se formou em torno da capela, desenvolveu-se ao longo do tempo, a POVOAÇÃO DO BOM CONSELHO, do Distrito da Perdição sob o governo da Vila de Santo Antônio do Piancó. A região se tornou uma grande produtora de algodão, o que permitiu grande expansão da população e riquezas, gerando forte interesse em se desmembrar e se tornar autônoma da Vila do Piancó, que sofria de estagnação econômica e social, mas detinha grande influência política junto ao governo da província e do império.

Em 1872, começou a campanha pela separação da Povoação do Bom Conselho, comandada por deputados provinciais do Partido Conservador. Somente em 26 de novembro de 1875, através da lei nº 597, a povoação foi elevada à categoria de VILA DA PRINCESA (nome em homenagem à Princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro II). Essa lei EMANCIPOU (tornou autônoma, independente, desmembrada) da antiga ligação econômica, política e administrativa com a Vila do Piancó. E todos os residentes da nova Vila e seu território, passaram a denominação de PRINCESENSES. Quando em julho de 1876 se instalou o TERMO JUDICIÁRIO DA VILA DA PRINCESA, a população princesense comemorou com grandes festejos a conquista da independência. Esta data foi oficializada pela lei municipal 05/2018 que definiu as datas comemorativas do calendário oficial do Município, e, decretada como feriado municipal pela lei municipal 1630 de 11 de novembro de 2021. 46 anos depois, a Vila da Princesa, independente, autônoma e emancipada, completa sua evolução administrativa e passa à categoria de CIDADE DE PRINCESA, pela Lei 540 de 18 de novembro de 1921, da Assembleia do Estado da Paraíba.

Em 15 de Novembro de 1938, pelo Decreto-Lei Federal nº 1164, o Município de Princesa passou a denominar-se PRINCESA ISABEL, assim se mantendo até a atualidade.

(Texto elaborado pelo pesquisador da história do Município de Princesa Isabel, o engº Francisco de Carvalho Florencio, em novembro de 2021).

Ascom/PMPI