sáb
25
dez
2021

Medicamento para asma é uma perspectiva a partir do sachê das folhas de Cissampelos sympodialis.

Cissampelos sympodialis

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) obteve a carta-patente para um extrato aquoso com ação broncodilatadora, antialérgica e anti-inflamatória a partir do sachê das folhas de Cissampelos sympodialis. A invenção é da pesquisadora Liane Franco Barros Mangueira, médica pediatra e pneumologista infantil da UFPB, que obteve sua carta-patente expedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em outubro deste ano.

Este documento foi elaborado a partir do primeiro estudo clínico realizado com a espécie Cissampelos sympodialis Eichl. Esta planta, popularmente conhecida como “Milona”, Jarrinha”, “Orelha-de-onça” e “Abuteira”, é encontrada na flora brasileira, principalmente, em áreas de semiárido, desde o Ceará até o norte de Minas Gerais.

Com o estudo, a pesquisadora não evidenciou efeitos colaterais comumente descritos para os medicamentos convencionais utilizados no tratamento das alergias e efeitos benéficos foram observados em voluntários com asma, rinite, doenças gastrointestinais, dermatológicas e autoimunes, dando sequência aos estudos pré-clínicos já realizados por pesquisadores da UFPB.

Segundo Liane Mangueira, o manejo da asma busca, entre outros aspectos, o controle dos sintomas respiratórios, a manutenção da função pulmonar satisfatória, minimização dos efeitos adversos dos medicamentos utilizados e a melhora da qualidade de vida, incluindo a prática de atividade física.

O objetivo, com esta patente em mãos, é transferir a tecnologia desenvolvida para a indústria farmacêutica, possibilitando, assim, a confecção em maior escala de um produto seguro e eficaz que possa ser disponibilizado para a sociedade, além do que novas pesquisas clínicas possam ser realizadas confirmando estas atividades já mencionadas e descobrindo novas possibilidades de uso do extrato obtido com a espécie Cissampelos sympodialis Eichl. Conforme a pesquisadora, “este trâmite vem sendo executado pela Agência de Inovação Tecnológica (Inova-UFPB) e estamos confiantes que será um sucesso!”.

“A importância deste documento [da patente] é a concretização de uma ponte de comunicação entre a UFPB e a indústria farmacêutica, coroando os estudos com esta planta já realizados por notáveis pesquisadores desta Universidade, representados aqui pela professora Margareth de Fátima Formiga Melo Diniz, e a todos dedico esta patente”, afirma a médica Liane Franco Barros Mangueira.

A planta é cultivada na UFPB para utilização em pesquisas, é perene, e tem propagação por sementes, explicou o engenheiro agrônomo Fernando Viana, coordenador do Horto de Plantas Medicinais do Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos (Ipefarm).

Ascom/UFPB


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