sáb
23
jul
2022

Uyele-das-Pretas

A Casa da Pólvora apresenta, neste domingo (24), a partir das 14h, a V edição do Uyelê das Pretas. Realizado pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), o evento traz o tema ‘Mulheres Negras no Poder, construindo o Bem Viver’. O cenário é a Casa da Pólvora, no Centro Histórico da cidade. O acesso é gratuito.

Essa ação faz parte de um trabalho que a Funjope está realizando, desde o ano passado, de acolhimento da pauta dos movimentos sociais, sobretudo os de origem afro-brasileira, conforme lembrou o diretor executivo da Fundação, Marcus Alves.

“Temos todo um trabalho em conjunto com os pretos e pretas, com essa comunidade de artistas no sentido de promover um processo de integração, estímulo e valorização das artes e das culturas de origem afro-brasileira. Essa atividade na Casa da Pólvora se insere nesse contexto e ela foi toda pensada de forma coletiva”, afirmou.

A ação político-cultural é organizada pelo Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais Maria Quitéria e o Movimento de Mulheres Negras Paraíba em parceria com diferentes movimentos e coletivos, que se reúnem desde 2018 para a celebração em alusão ao 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia de Tereza de Benguela.

Programação – Além da Feira Preta, tem o ‘Língua Afiada – diálogo entre mulheres negras LBT, trocando sobre nossas escrevivências’, e as atrações culturais MC Hirllynha, DJ Lane Front e Maracatu Baque Mulher. “Neste domingo, vamos ter a Feira Preta, que acontece dentro do Centro Cultural Casa da Pólvora, entre outras programações. Teremos também apresentações culturais”, destacou a gestora da Casa da Pólvora, Ana Maia.

Valorização – A coordenadora administrativa do evento, Cryss Pereira, afirmou que a feira é de extrema importância, porque o grupo entende a cultura como uma ferramenta de transformação social, de potencialização, uma forma de fazer com que essas mulheres acreditem no que produzem, poesias, música, dança, e isso ser valorizado e visibilizado com shows e atividades públicas.

“Isso é muito importante, principalmente para nós, mulheres pretas, de periferia, poetas, artistas, dançarinas. Estamos produzindo cultura na Paraíba e um evento como esse, num espaço público, é de extrema importância para nos sentirmos valorizadas, ter autoestima e também conseguir alcançar um público maior do que alcançamos nos nossos pequenos shows de periferia”, comentou.

Ela acrescentou que um show no Centro Histórico, na Casa da Pólvora, é muito representativo para quem vive tão perto e, muitas vezes, não teve acesso enquanto artista. O Uyelê das Pretas, na visão de Cryss Pereira, fortalece as mulheres pretas, de periferia, autônomas e que estão produzindo uma cultura de conscientização da importância de ter a identidade da negritude como algo rico, valoroso, ancestral, de força e resistência na luta de combate ao racismo.

“No caso do Uyelê, juntamente com o grupo Maria Quitéria, é o combate à LGBTfobia, crime contra mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais. Mulheres pretas juntas sempre, fortes, firmes nesse aquilombamento urbano que vai ser e que é o Uyelê das Pretas”, completou.

Secom-JP


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