PF evita novos acordos no momento em que Odebrecht ameaça delatar Temer

Representantes da Polícia Federal têm agido nos bastidores para evitar novos acordos de delação premiada no âmbito da operação Lava Jato; o movimento acontece precisamente quando a delação da empreiteira Odebrecht entra na reta final, mencionando integrantes da cúpula do PMDB e o próprio presidente, Michel Temer; oficialmente, a PF nega qualquer influência do governo.

Representantes da Polícia Federal têm agido nos bastidores para evitar novos acordos de delação premiada no âmbito da operação Lava Jato. O movimento acontece precisamente quando a delação da empreiteira Odebrecht entra na reta final, mencionando integrantes da cúpula do PMDB e o próprio presidente, Michel Temer. Oficialmente, a PF nega qualquer influência do governo.

A versão oficial é de que os dois anos e sete meses de operação já renderam material suficiente para as investigações. Além disso, membros da PF alegam que novos acordos de delação aumentariam a sensação de impunidade da população.

Conforme reportagem da Folha de S.Paulo, em conversas reservadas, "pessoas ligadas a Odebrecht afirmam que a posição da PF contra delação premiada teria relação com algum movimento do governo de Michel Temer, já que integrantes da cúpula do PMDB, incluindo o presidente, são mencionados no acordo com a empreiteira. A PF, porém, nega qualquer diálogo ou influência do governo".

"A opinião da PF sobre o tema acirra a divergência da instituição com a Procuradoria-Geral da República.

A relação entre os dois lados, que nunca foi de proximidade, tornou-se mais distante após a assinatura da delação premiada do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró em novembro do ano passado.

A polícia no Paraná soube pela imprensa, por exemplo, que o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) havia sido preso, naquele mesmo mês, por propor um plano de fuga para Cerveró."

Brasil 247

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