Temer confirma: vai usar o Estado para perseguir quem o delatou

Depois de determinar que estatais como Caixa e Petrobras rompessem contratos com as empresas da JBS, pivô de uma delação premiada que tem afundado seu governo, Michel Temer admitiu, em declaração feita ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT, que vai usar o Estado também para perseguir diretamente o empresário Joesley Batista; "Se o Ministério Público não pretende tomar medidas judiciais contra um criminoso que mereceria dois mil anos de prisão, eu tomarei as medidas para colocá-lo na cadeia", ameaçou o peemedebista; em entrevista à revista Época neste fim de semana, Joesley apontou Temer como chefe da "maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil".

Michel Temer admitiu, em declaração feita ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT, neste sábado 17, que vai usar o Estado para perseguir diretamente o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, que o delatou no âmbito da Lava Jato.

"Se o Ministério Público não pretende tomar medidas judiciais contra um criminoso que mereceria dois mil anos de prisão, eu tomarei as medidas para colocá-lo na cadeia", ameaçou Temer.

Em entrevista à revista Época neste fim de semana, Joesley Batista apontou Temer como chefe da "maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil". Temer anunciou que irá processar Joesley, mas não respondeu às acusações.

O peemedebista já usou o Estado contra a JBS, como quando determinou que estatais como Caixa Econômica Federal e Petrobras rompessem contratos com as empresas do grupo dos irmãos Batista. Na conversa com Kennedy Alencar, ele também informou que pediu à AGU para que estude medidas para processar o empresário e o grupo JBS por danos causados à economia do País.

A delação da empresa é a base para a denúncia que será apresentada contra Temer pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta próxima semana. Ele já é alvo de um inquérito no STF por corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.

Brasil 247

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