sáb
08
set
2018

demitidos da Abril_ato público contra calote

Funcionários demitidos da Editora Abril farão um ato público no próximo dia 14, na porta da gráfica, para entregar uma Carta Aberta a Família Civita e denunciar a "repulsa e indignação "diante da dispensa em massa de 800 empregados"; de acordo com a nota, "a empresa não cumpriu sua obrigação. Negou-se a pagar todas as verbas rescisórias".

247 – Funcionários demitidos da Editora Abril, que engloba veículos como a Revista Veja, farão um ato público no próximo dia 14, a partir das 12h, na porta da gráfica, para entregar uma Carta Aberta a Família Civita e denunciar a "repulsa e indignação diante da dispensa em massa, no dia 6 de agosto, de 800 empregados que ajudaram a construir a história do Grupo Abril". "Jornalistas, gráficos, funcionários da distribuição e do administrativo, além de freelas: precisamos comparecer e mostrar força!", diz o texto.

De acordo com a nota, "a empresa não cumpriu sua obrigação. Negou-se a pagar todas as verbas rescisórias (incluindo a multa de 40% sobre o FGTS) e mais uma multa (referente ao artigo 477 da CLT) por não ter quitado, em dez dias, sua dívida com os empregados demitidos. Conseguiu esse feito com ajuda da Justiça: no dia 16 de agosto, o juiz atendeu o pedido do Grupo Abril, que entrou em Recuperação Judicial (RJ)".

"Dessa maneira, nós, que tínhamos o salário como única fonte de sustento, fomos jogados em uma interminável lista de credores a quem o Grupo Abril deve 1,6 bilhão de reais. Credores são os bancos, os grandes fornecedores de papel, as empresas estrangeiras com quem a Abril mantém negócios. Nós somos trabalhadores! Muitos, entre os demitidos, já estão sem dinheiro para comprar comida, pagar a escola dos filhos, o transporte, as prestações, os remédios…", continua.

"Aos seus empregados, a Abril reservou o calote. Nossa parte (incluindo a dos freelas) corresponde a cerca de 8% da dívida total. Isso, a Família Civita, principal acionista do grupo, poderia pagar com recursos próprios. Os três herdeiros que chefiam o clã são donos de um patrimônio mundialmente reconhecido. A Exame repercutiu, poucos anos atrás, a lista das maiores fortunas do Brasil, publicada pela Forbes. Os bens pessoais dos três irmãos Civita estavam na casa dos R$ 10 bilhões (em valores de hoje)", acrescenta.

Ainda segundo o texto, com R$ 110 milhões "eles cumpririam a obrigação de pagar os homens e as mulheres que, dia e noite, incansavelmente, trabalharam para que a Abril se tornasse a maior editora de revistas da América Latina – e eles mantivessem o conforto de que dispõem hoje".

"É preciso fazer o Grupo Abril assumir a responsabilidade com aqueles que jogou no olho da rua. Vamos pressioná-lo com o comparecimento em massa! No ato, entregaremos uma Carta Aberta a Família Civita. As famílias dos demitidos estarão na porta da Gráfica para entregar esse documento. Vamos demonstrar que estamos unidos e fortes, defendendo o que o nosso suor conquistou – e que agora nos querem roubar".

Data: 14/9 (sexta-feira)

Horário: 12h (na troca de turno dos gráficos)

Local: Gráfica – Avenida Otaviano Alves de Lima, 4400, Marginal do Tietê, perto da ponte da Freguesia do Ó.

Brasil 247


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