dom
11
nov
2018

Bob-trump

O jornalista Bob Woodward, que desvendou o caso Watergate, que levou à renúncia do presidente Richard Nixon na década de 1970, avalia que a imprensa não pode entrar em guerra declarada com o presidente Donald Trump e deve focar em seu trabalho de investigação; "Ele quer conflito e pôs os repórteres em modo de combate, então temos uma guerra entre Trump e a mídia. Minha postura é: ignore-o, faça seu trabalho, cheque o que está acontecendo, ponha em um livro que conte às pessoas. A guerra entre o presidente e a imprensa só beneficia o presidente, deveríamos ser frios com isso", disse Woodward.

247 – O jornalista Bob Woodward, um dos responsáveis pela divulgação do caso Watergate, que levou à renúncia do presidente Richard Nixon na década de 1970, está lançando neste mês um livro sobre o presidente Donald Trump.

Em entrevista ao jornal El País, Woodward disse que a imprensa não pode entrar em guerra declarada com Trump e focar em seu trabalho de investigação. "Mordemos o anzol. Ele quer conflito e pôs os repórteres em modo de combate, então temos uma guerra entre Trump e a mídia. Minha postura é: ignore-o, faça seu trabalho, cheque o que está acontecendo, ponha em um livro que conte às pessoas. Acho que este livro vendeu um milhão de exemplares em uma semana, algo que não tinha ocorrido antes com o meu editor, e olha que ele publicou Hillary Clinton e Stephen King. A guerra entre o presidente e a imprensa só beneficia o presidente, deveríamos ser frios com isso", disse o jornalista.

"Em 1972, quando eu tinha 28 ou 29 anos, Carl Bernstein e eu fomos chamados de difamadores. E nos atacaram o tempo todo, tratando de transformar o tema em um problema de conduta da imprensa, não do presidente. E Ben Bradlee [então editor-executivo do The Washington Post] nos disse que reafirmássemos nossa informação, nossa investigação, e não nos metêssemos na briga. Isso é o que eu faço agora. Ele nos chama de inimigos do povo? Tudo bem, tem esse direito, essa é a primeira emenda [da Constituição, sobre a liberdade de expressão]. Não me sinto cômodo com isso, mas não vai me dar um ataque de nervos", avalia.

Leia a entrevista na íntegra no El País.

Brasil 247


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