ter
27
nov
2018

pesquisa_Oxfam Brasil

Pesquisa realizada pela ONG Oxfam Brasil aponta, entre outros retrocessos de indicadores sociais, que, pela primeira vez em 23 anos, a renda das mulheres caiu em relação à dos homens; em 2016, as mulheres ganhavam 72% do que recebiam os homens – em 2017, essa proporção recuou para 70%; no ano passado, a renda média de mulheres foi de R$ 1.798,72, enquanto a de homens, de R$ 2.578,15; também houve piora na queda da desigualdade de renda entre negros e brancos.

247 com Fórum  – Uma pesquisa realizada pela Organização Não Governamental Oxfam Brasil e divulgada nesta segunda-feira (26) aponta, entre outros retrocessos de indicadores sociais, que, pela primeira vez em 23 anos, a renda das mulheres caiu em relação à dos homens. Em 2016, as mulheres ganhavam 72% do que recebiam os homens – em 2017, essa proporção recuou para 70%. No ano passado, a renda média de mulheres foi de R$ 1.798,72, enquanto a de homens, de R$ 2.578,15.

Esses dados integram o relatório "País Estagnado", que mostra, também, que a pobreza aumentou e a desigualdade deixou de diminuir no país pela primeira vez em 15 anos, entre outros péssimos indicadores.

Houve piora, ainda, na queda da desigualdade de renda entre negros e brancos. Em 2016, os negros ganhavam em média R$ 1.458,16, o equivalente a 57% dos rendimentos médios dos brancos. Em 2017, esse percentual ficou ainda menor, passando para 53%.

Segundo pesquisa, desde 2002, quando o ex-presidente Lula (PT) foi eleito para seu primeiro mandato, o índice de Gini da renda familiar per capita vinha caindo a cada ano, o que não foi observado entre 2016 e 2017, quando ficou estagnado. O índice Gini mede o grau de concentração da distribuição de renda domiciliar per capita de uma determinada população e em um determinado espaço geográfico.

"O país estagnou em relação à redução das desigualdades, e o pior: podemos estar caminhando para um grande retrocesso", disse, em nota, Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil.

Entre 2016 e 2017 o Brasil se manteve no mesmo patamar do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), seguindo na 79ª posição em um ranking de 179 países. O indicador com maior impacto negativo foi o de renda, que registrou queda sobretudo nas menores faixas.

Pontos negativos da pesquisa

O número de pobres cresceu 11% em 1 ano, atingindo 15 milhões de brasileiros 2017 (7,2% da população); rendimentos do trabalho dos 10% de brasileiros mais ricos cresceram 6% de 2016 para 2017; já entre os 50% mais pobres, a renda caiu 3,5%; rendimento médio do 1% mais rico é 36,3 vezes maior que o dos 50% mais pobres; pela primeira vez em 23 anos, a renda média das mulheres caiu em relação à dos homens, de uma proporção de 72% para 70%.

A diferença salarial entre negros e brancos também aumentou: em 2017, negros ganhavam em média 53% dos rendimentos médios de brancos, ante 57% em 2016; o volume de gastos sociais no Brasil retrocedeu ao patamar de 2001; pela primeira vez desde 1990, o Brasil registrou alta na mortalidade infantil, que subiu de 13,3, em 2015, para 14 mortes por mil habitantes em 2016.

Leia aqui a íntegra da pesquisa.

Brasil 247


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