dom
30
dez
2018

Camilo diz que Ciro teria sido eleito e propõe diálogo com Bolsonaro

Governador mais votado do Brasil, reeleito com quase 80% dos votos no Ceará, Camilo Santana, do PT, concedeu uma entrevista que vai dar o que falar; segundo ele, se o PT tivesse optado pela chapa Ciro-Haddad, a esquerda teria vencido a disputa; "por mais que o Haddad seja uma pessoa de um grande caráter, um cara íntegro, havia uma rejeição muito grande por conta de ele ser do PT", diz ele; Camilo também propõe um diálogo construtivo dos governadores com Jair Bolsonaro.

247 – O governador do Ceará, Camilo Santana, reeleito com quase 80% dos votos pelo PT, avalia que a esquerda estaria no poder se a opção eleitoral tivesse sido a chapa Ciro-Haddad. "Não tenho dúvida que o resultado poderia ser outro, até porque o Ciro foi o terceiro colocado e o Haddad, o segundo. Houve uma reação muito forte ao PT nessa eleição, principalmente no Sul e Sudeste. Um antipetismo muito grande. Por mais que o Haddad seja uma pessoa de um grande caráter, um cara íntegro, havia uma rejeição muito grande por conta de ele ser do PT", disse ele, em entrevista ao jornalista Sergio Roxo, do jornal O Globo.

Na mesma entrevista, Camilo Santana falou em autocrítica. "Eu já defendi lá atrás que o PT precisa se reinventar, reavaliar os seus caminhos, se reorganizar, se aproximar das suas bases, movimento sindical e, muitas vezes, reconhecer os erros que foram cometidos. Acho que isso faz parte, isso demonstra de certa forma para a população e para o povo que todos estão sujeitos a cometer erros. Faltou um pouco isso para o partido, ter humildade", afirmou.

Em outro ponto, ele defendeu um diálogo com o presidente eleito Jair Bolsonaro. "Quando a gente assume o papel de governar o estado, depois que a eleição passou, nós temos a responsabilidade de melhorar a vida da população. Então, independentemente de quem seja o presidente, nós queremos construir uma relação institucional. Da mesma forma que ele foi eleito, eu também fui eleito com 80% dos votos no meu estado", disse ele.

Um dos pontos que ele pretende abordar é a questão do pré-sal. "O Congresso votou a nova redistribuição das reservas de petróleo, que foi barrada no STF. Acho que o governo federal tem o papel de ser o coordenador e pacificador dessa questão. O outro tema é o salário-educação. A Constituição é muito clara ao dizer que esses recursos devem ser distribuídos de acordo com o número de alunos e não é assim. Hoje é distribuído de acordo com os locais onde estão instaladas as sedes das empresas (que contribuem para o fundo). Se o governo federal coordenar, encontra uma solução. Outro tema é o Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica), que vai ser encerrado em 2020."

Brasil 247


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