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05
set
2019

toffoli_MARIELLE FRANCO

Está suspensa a investigação referente ao inquérito sobre o assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL). A Polícia Civil do estado investiga movimentações suspeitas de Ronnie Lessa, policial militar reformado acusado de matar a ex-parlamentar e o motorista, Anderson Gomes. Ao todo, 140 investigações estão paradas no Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da polícia do Rio, após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidir em julho interromper em todo o País inquérito embasados em relatórios de inteligência financeira que não tivessem autorização judicial.

No fim do mês passado, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) passou ao comando do Banco Central, com outro nome e um novo presidente. O órgão passou a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

Lessa, que está preso desde março, também é investigado por tráfico de armas e pela execução da vereadora e do motorista. Ele morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro.

De acordo com o G1, o advogado de defesa do PM reformado, Fernando Santana, disse saber que há uma investigação por lavagem de dinheiro. Mas ele negou haver intimação para depoimentos. Santana afirmou que defesa está preparada para provar que não houve o crime.

Flávio Bolsonaro

A decisão de Toffoli também beneficia o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). O Coaf identificou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, que ex-motorista e ex-assessor do parlamentar quando ele ocupava um cargo na Assembleia Legislativa do Rio.

O inquérito dele soma-se ao de Marielle e de vários outros parados com a decisão do ministro do STF. Vale ressaltar que Flávio Bolsonaro também foi o único a votar contra a proposta do deputado estadual Marcelo Freixo (PSol), eleito deputado federal, para conceder a medalha Tiradentes em homenagem à ex-vereadora. Jair Bolsonaro, que tem família suspeita de envolvimento com milicianos, nunca manifestou solidariedade à ex-pessolista e à família dela.

Outro detalhe demonstra a proximidade entre Toffoli e o clã Bolsonaro. O presidente do STF confirmou que o Brasil esteve à beira de uma crise institucional entre abril e maio e disse que atuou para tentar acalmar a situação.

De acordo com informações de Veja, os setores político e empresarial estavam insatisfeitos com Jair Bolsonaro. Um grupo de parlamentares tirou da gaveta um projeto que previa a implantação do parlamentarismo. Empresários do setor industrial discutiam a possibilidade de um impeachment dele.

Brasil 247


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