seg
12
jun
2017

XGEB4EI-1

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) emitiu opinião simpática à tese da cantora Elba Ramalho, externada no início do mês durante entrevista em Caruaru, Pernambuco. A paraibana havia reclamado da presença de muitos artistas sertanejos na programação do São João de Campina Grande. Cássio, apesar de não reforçar a queixa, declarou na noite da última sexta-feira, 9, em visita à Central de Imprensa Carlos Alberto Silva, no Parque do Povo, em Campina Grande, que deve ser discutida uma "política de reciprocidade".

“Eu vi a crítica que a minha querida amiga Elba Ramalho fez. A crítica dela tem sentido. O que ela diz: olha, lá no rodeio nós, forrozeiros, não entramos. Eu acho que a gente podia, na política de reciprocidade, não permitir que os sertanejos entrem no nosso espaço. Isso é o que se faz no Direito Internacional. Política de reciprocidade. Se eu não entro no seu espaço, você não entra no meu. É um bom debate. É uma boa discussão que deve ser feita. Vamos usar o que a diplomacia internacional usa?”, disse o tucano Cássio, numa referência aos Estados Unidos. Para entrar lá, um brasileiro tem que apresentar o visto, então, para um americano entrar no Brasil precisa apresentar visto também.

Apesar disso, Cássio Cunha Lima se posicionou contra o que chamou de “patrulhamento cultural”. Ele garantiu que a programação do “Maior São João do Mundo” teria 80% do chamado forró de raiz, do pé de serra. “Quem não se ressente da ausência de um Alcymar Monteiro no Parque do Povo neste ano? De um Nando Cordel? Não sei se Nando vai estar aqui neste ano. Faz falta, claro, mas em outros anos eles estiveram, como está Ton Oliveira aqui cantando, como esteve Flávio José na abertura”, comentou.O senador também destacou a iniciativa do prefeito Romero Rodrigues e a sua "coragem" em ousar e inovar no formato do Maior São João do Mundo, objetivando fazer algo melhor para o evento junino, que ganhou projeção nacional e até internacional.

Segundo Cássio Cunha Lima, as mudanças são necessárias à sobrevivência de uma festa realizada há décadas na cidade. "O evento não pode ficar estático, imutável. Essa atualização, essa modernização do Maior São João do Mundo é uma necessidade imperiosa e indispensável para que o evento continue vivo, com vigor, com seus aspectos de cultura, de economia, de geração de emprego e de projeção de uma imagem positiva da cidade. Acho que o prefeito Romero está de parabéns, especialmente pela coragem de mudar e de enfrentar paradigmas", ressaltou o senador paraibano.

Para o senador, a pior das situações é da acomodação. "Quem não ousar ficará para trás", disse. Para ele, essa ousadia e a coragem de inovar devem ser percebidas como algo positivo, visto que as mudanças são inerentes ao evento e necessárias à sobrevivência a ao fortalecimento do Maior São João do Mundo.

A mudança no formato da festa junina de Campina Grande, com a adoção da parceria público-privada, foi avaliada por Cássio Cunha Lima como importante também para a economia dos cofres da Prefeitura Municipal. Esse novo formato do São João de Campina Grande, baseado em uma Parceria Público-Privada, disse, poderá reverter-se em benefícios às áreas da saúde, educação e serviços básicos. "Um modelo onde o dinheiro público é preservado já há um aspecto muito positivo", frisou.

ParlamentoPB


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