O secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Azevedo, disse nesta quarta-feira (20) que recebeu com surpresa a decisão do juiz federal Vinícius Costa Vidor determinando o retorno do racionamento de água em Campina Grande. Segundo Azevedo, a quantidade de água acumulada no reservatório, mais de um milhão de metros cúbicos, demonstra que existe segurança hídrica suficiente para manter o fim do racionamento.

"Mesmo depois de 26 dias que tiramos a região de Campina Grande do racionamento, a barragem de Boqueirão acumulou mais de um milhão de metros cúbicos, fora o que foi consumido pela população, pela evaporação e pela agricultura de subsistência de meio hectare de algumas pessoas", frisou.

Mesmo com todo esse consumo, disse ainda o secretário, a barragem continua acumulando água. A decisão do juiz de voltar o racionamento de água, destacou o secretário, vai exatamente ao contrário do que os dados técnicos estão dizendo.

Segundo ele, a segurança hídrica não está garantida apenas pela água da chuva, como era antigamente, antes da transposição.

"A garantia hídrica de Boqueirão não é mais a de chuva só. A segurança hídrica de Boqueirão é o Rio São Francisco, que nesse momento ainda passa 515 metros cúbicos por segundo. Nós estamos bombeando nove. A segurança hídrica está garantida pelo de Itaparica, que é o ponto onde nós pegamos a água do eixo leste, que tem 7,8 bilhões de metros cúbicos de água acumulada", afirmou.

Isto, ressaltou João Azevedo, é o dobro da capacidade que o Estado da Paraíba tem de acumular água, de armazenar água em todas as 122 barragens do Estado. "É sete vezes ou mais o sistema Corema Mãe dágua absolutamente cheio. Isso é que oferece segurança hídrica", enfatizou.

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