“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

dom
15
mar
2015

O ex-candidato a prefeito e diretor geral do Hospital Regional de Princesa Isabel (HRPI), Ricardo Pereira, se reúne nesta segunda-feira (16), em João Pessoa, com o secretário de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Ciência e Tecnologia, João Azevedo, e com o presidente da Cagepa, Marcus Vinicius Neves.

Durante o encontro, Ricardo Pereira vai propor, como solução emergencial no caso de colapso no abastecimento de água em Princesa Isabel, na hipótese de falta de chuvas para recarga mínima capaz de garantir a continuidade do serviço pelo açude Jatobá II, que abastece a cidade, a utilização da água do açude Macapá, administrado pelo Departamento Nacional de obras Contra a Seca (DNOCS), localizado na área urbana.

Ricardo disse que agendou a audiência no início da semana passada, após consultar órgãos e especialistas sobre a viabilidade técnica de captação do volume do Macapá, construído em 1923 pelo antigo Instituto Federal de Obras Contra a Seca (IFOCS).

“O açude Jatobá II está com apenas 3,5% , isto é, 228,222 m³, o pior nível já registrado desde a sua construção, há quase 50 anos, cuja capacidade de armazenamento é de 6.847.200m³. O volume atual foi medido nessa sexta-feira (13) pela Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba (AESA)”, informou.

Segundo Ricardo Pereira, “a situação é de caos inevitável, colapso total, caso as chuvas não cheguem, pelo menos em quantidade suficiente para garantir o abastecimento até que se inicie a chegada de água do projeto de transposição do São Francisco, através da ramificação de Flores (PE), obra que já foi licitada e que aguarda apenas a boa vontade do governo federal”.

Ele afirmou que, de acordo com informações do escritório local da Cagepa, “o volume disponível só vai até o próximo dia 30, se não houver chuva. O volume já está na fase final e há a previsão de mortandade de peixes logo mais.”.

Ricardo aponta que, ”enquanto as chuvas e a transposição não chegam, a solução é retirar água do açude Macapá, que garante um ano ou mais de abastecimento, mesmo com o nível baixo. Precisa de tratamento adequado para ser fornecida e atender à demanda da cidade para banho, limpeza e outras atividades domésticas, já que, com certeza, não serve para consumo humano”.

Para Ricardo Pereira, “é preciso adotar medidas imediatas, efetivas para reduzir a poluição do manancial, como a proibição de lavagem de veículos e animais, além do despejo de esgotos. É imperioso haver um articulação conjunta, uma parceria vigorosa envolvendo DNOCS, Polícia Militar, Cagepa, Ministério Público, Prefeitura de Princesa Isabel, sociedade, como também outras entidades oficiais, civis e religiosas, além da mobilização da classe política nas diversas esferas”.

“O que este em jogo é destino de Princesa Isabel, o bem-estar da população. Por isso, a união de todos é mais que necessária. Vamos esquecer as divergências políticas e darmos as mãos em favor do município”, conclamou.

Ele informou ainda, que, em telefonema dado nesta manhã para o secretário municipal Valmir Pereira (Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano), recebeu “a garantia de que a Prefeitura de Princesa Isabel fará a limpeza de parte da vegetação que tomou conta do leito seco do Jatobá, deixando-o pronto para receber novas águas, com as benções de Deus”.

Por último, Ricardo Pereira explicou que “a medida de retirar água do açude Macapá para abastecer a cidade na hipótese de exaustão do Jabotá II, é eficaz e de custo baixo, de fácil operacionalização, uma vez que vai usar apenas um motor bomba para captar água e, em seguida, fazer a reversão do sistema adutor que leva água tratada da Cagepa para o conjunto Aloysio Pereira”.

“A tubulação do sistema adutor passa pela parede do Macapá, é só inverter o curso do bombeamento. Ou seja: no lugar de mandar bombear água da estação de tratamento para o núcleo habitacional, capta água do reservatório e a envia para estação de tratamento, que fará a distribuição normalmente”, indicou.

Para reforçar o projeto de captação de água do Macapá durante a reunião  na segunda-feira, Ricardo Pereira  registrou, na manhã deste domingo, a situação dos dois reservatórios.

Acompanhe na sequência de fotos abaixo:

AÇUDE MACAPÁ

DSC01494

 

DSC01488

 

DSC01492

 

DSC01495

 

DSC01497

 

DSC01490

 

DSC01497

AÇUDE JATOBÁ II

DSC01503

 

DSC01504

 

DSC01505

 

DSC01507

 

DSC01509

 

DSC01510

 

DSC01514

 

DSC01517

 

DSC01524

 

DSC01525

 

DSC01528

 

DSC01530

 

DSC01537

 

DSC01542


  Compartilhe por aí: 3 Comentários

dom
15
mar
2015

Este domingo (15) é de períodos curtos de sol intercalados com períodos de nuvens e apresenta reduzida probabilidade (5%) de chuva em Princesa Isabel, Tavares, Manaíra, Água Branca, São José de Princesa e Tavares, segundo aponta o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura máxima prevista é de 34°C, e a mínima, de 17°C.

Abaixo, a previsão do CTPEC para a região Nordeste:

No MA, litoral e norte da região: pancadas e chuva localizadas a qualquer hora. No interior da região: sol e poucas nuvens. Nas demais áreas da região: possibilidade de chuva. Temperatura estável. Temperatura máxima: 37°C no oeste do RN.


  Compartilhe por aí: Comente

dom
15
mar
2015

celular

A partir do dia 31 de maio, os telefones celulares da Paraíba ganharão um novo dígito. O dígito nove será acrescentado à esquerda dos números atuais. A mudança é obrigatória e acontece automaticamente em todos os números de celular com o DDD da Paraíba.

Os planos de serviço de telefonia fixa e móvel especializado não sofrem alterações. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel, será dado prazo de 40 dias após a mudança com as ligações de oito dígitos para adaptação das redes e usuários.

Paraíba Já


  Compartilhe por aí: Comente

dom
15
mar
2015

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, vem intensificando o acompanhamento na rede de emergência hospitalar da Paraíba agilizando o atendimento e aprimorando o processo de liberação de macas nas unidades hospitalares. As maiores unidades de urgência e emergência do Estado, os Hospitais de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa; e Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, vêm agilizando e humanizando o atendimento sem a necessidade de reter macas ou adquirir macas extras.

No Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, as medidas adotadas completam um mês dando mais celeridade no atendimento dos pacientes da urgência e emergência, e, consequentemente, mantendo a disponibilização de 17 a 20 macas livres por dia, em alguns dias chegando a 24.

Segundo a diretora geral da instituição, Fernanda Ribeiro, o novo fluxo de atendimento foi estabelecido com todos os profissionais da instituição, em caráter multidisciplinar. “É um trabalho coletivo que requer muita atenção dos membros da assistência, contudo já estamos colhendo os frutos do trabalho, já que em cerca de 40 minutos os pacientes que dão entrada no hospital são avaliados e destinados às áreas de tratamento”, explicou.

A diretora ressaltou que com a celeridade do diagnóstico do paciente e o encaminhamento dele para outros setores da unidade de saúde, bem como para outros hospitais, os leitos ficam disponíveis para novos usuários, assim como também as macas de primeiro atendimento. “Contamos com uma equipe de enfermeiras apoiadoras que, por meio de uma planilha com os nomes de todos os pacientes das áreas vermelha e laranja, conseguem facilitar a comunicação interna dos pacientes com os médicos, agilizando a realização de exames e diagnósticos”, frisou.

Fernanda Ribeiro destacou ainda que a parceria com hospitais que compõem a rede de atendimento do Estado, a exemplo do Hospital São Vicente de Paula, é de extrema importância para o sucesso do fluxo implantando. “Atendemos uma média de 130 a 150 pacientes por dia na urgência e emergência, por isso a implantação desse fluxo vem a somar, no que diz respeito à agilidade no trabalho das nossas equipes multidisciplinar, contribuindo para o atendimento humanizado e ágil para todos os pacientes. Além disso, contamos com o apoio fundamental da secretária de Saúde, Roberta Abath, que por meio de visitas técnicas vem organizando o trabalho interno das equipes e estruturando a rede estadual de atendimento”, observou.

Vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena foi inaugurado em 6 de agosto de 2001. Os serviços oferecidos são de urgência, emergência e de internação para pacientes acometidos de traumatismos. Possui, além de todos os recursos assistenciais, as seguintes especialidades médicas: Anestesiologia; Cirurgia Geral; Cirurgia Pediátrica; Cirurgia Plástica; Cirurgia Torácica; Cirurgia Vascular; Clinica Medica Geral; Endoscopia Digestiva; Tratamento Intensivo; Neurocirurgia; Oftalmologia; Otorrinolaringologia; Pediatria; Radiologia; Traumatologia; Urologia; Cirurgia Buco-Maxilo-Facial; Angiologia; e Nefrologia.

Trauma de Campina Grande – De acordo com o diretor geral do Hospital de Emergência e Trauma da Campina Grande, Geraldo Medeiros, com o trabalho de acolhimento e triagem dos usuários que dão entrada na unidade, além do redirecionamento dos pacientes, que não faziam parte do perfil do hospital para outras unidades,está sendo possível disponibilizar mais macas livres e evitar a retenção de macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O diretor ainda destacou que a unidade atende à população de Campina Grande e mais 203 municípios do Estado. “Por dia, uma média de 250 a 300 pacientes dão entrada no acolhimento e triagem do hospital. Vinte macas ficam disponíveis por dia no Trauma de Campina Grande. Além disso, um total de 338 médicos faz parte da equipe multiprofissional composta por assistentes sociais, fisioterapeutas, urologistas, técnicos de enfermagem, além de outros profissionais. São 60 médicos de plantão diariamente”, informou.

Vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes foi inaugurado em 24 de junho de 2011. Os serviços oferecidos são de urgência, emergência e de internação para pacientes acometidos de traumatismos. Possui, além de todos os recursos assistenciais, as seguintes especialidades médicas: Anestesiologia; Cirurgia Geral; Cirurgia Pediátrica; Cirurgia Plástica; Cirurgia Torácica; Cirurgia Vascular; Clinica Medica Geral; Endoscopia Digestiva; Tratamento Intensivo; Neurocirurgia; Oftalmologia; Otorrinolaringologia; Pediatria; Radiologia; Traumatologia; Urologia; Cirurgia Buco-Maxilo-Facial; Angiologia; e Nefrologia, além disso, a unidade dispõem da única unidade vascular do estado, que se destina a pacientes vítimas de doença arterial aguda (AVC esquêmico, Infarto agudo do miocárdio, tromboembolismopulmonar).

Secom-PB


  Compartilhe por aí: Comente

dom
15
mar
2015

Matéria publicada ontem (14) no jornal O Globo informa que na lista dos 8.667 brasileiros que, em 2006 e 2007, tinham contas numeradas no HSBC da Suíça aparecem donos, diretores e herdeiros de veículos de comunicação, além de jornalistas. A Receita Federal está de olho na relação de nomes e já informou que continua trabalhando com o objetivo de aumentar as medidas de cooperação internacional necessárias para obter de autoridades europeias a lista oficial e integral dos contribuintes brasileiros suspeitos de ter contas na subsidiária do banco HSBC na Suíça.

O caso que está sendo chamado de SwissLeaks, em alusão ao WikiLeaks, que publica em sua página na internet dados de governos e organizações que considera de interesse dos cidadãos. A lista do HSBC foi divulgada pelo International Consortium of Investigative Journalism (Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo) e pode indicar fraude fiscal.

A matéria é baseada em levantamento feito pelo próprio jornal, em parceria com o portal UOL, pertencente ao Grupo Folha, com base em documentos oficiais que foram vazados pelo ex-funcionário do banco, Hervé Falciani.  A investigação jornalística é comandada pelo ICIJ, sigla em inglês para Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

De acordo com o jornal, há ao menos 22 empresários do setor e sete jornalistas brasileiros entre os correntistas do HSBC suíço.

Na lista, divulgada pelo jornal, constam os nomes de proprietários do Grupo Folha. Tiveram conta conjunta naquela instituição os empresários Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho já falecidos. Luiz Frias, atual presidente da Folha e do UOL, aparece como beneficiário da mesma conta, criada em 1990, e encerrada em 1998.

Integrantes da família Saad, dona da Rede Bandeirantes, também tinham contas no HSBC na época em que os arquivos foram vazados. Constam entre os correntistas os nomes do fundador da Bandeirantes, João Jorge Saad e da empresária Maria Helena Saad Barros, também falecidos, e de Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet, filho e sobrinha de João Jorge.

Outro nome que aparece na lista obtida pelo jornal é de Lily de Carvalho, viúva de dois jornalistas e donos de jornais, Horácio de Carvalho, ex-proprietário do Diário Carioca, e Roberto Marinho, dono das Organizações Globo. Os dois estão mortos. Lily de Carvalho morreu em 2011.

Na lista do jornal consta ainda Luiz Fernando Ferreira Levy (1911-2002), que foi proprietário do extinto jornal Gazeta Mercantil, e integrantes do Grupo Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares e do Diário do Nordeste. Constam na lista do HSBC, Lenise Queiroz Rocha, Yolanda Vidal Queiroz e Paula Frota Queiroz. Edson Queiroz Filho, que morreu em 2008, também surge como beneficiário de uma das contas.

O jornal revela ainda que na lista estão Dorival Masci de Abreu (morto em 2004), que era proprietário das rádios Scalla, Tupi, Kiss, entre outras, e João Lydio Seiler Bettega, dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM, no Paraná.

O levantamento de O Globo e do UOL indica ainda Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, da TV e da rádio Tribuna (no Espírito Santo e em Pernambuco) e Anna Bentes, que foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), fundador do antigo Grupo Manchete.

O apresentador Ratinho (Carlos Roberto Massa), dono da Rede Massa (afiliada ao SBT no Paraná), foi outro que teve conta no HSBC da Suíça. A lista inclui ainda Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa (Rede Transamérica) e sete jornalistas: Arnaldo Bloch (O Globo), José Roberto Guzzo (Editora Abril), Mona Dorf (apresentadora da rádio Jovem Pan), Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines. Finaliza a lista divulgada pelo O Globo, o radialista Fernando Luiz Vieira de Mello (1929-2001), ex-rádio Jovem Pan. Alberto Dines, pai de quatro dos jornalistas citados, informou que três dos seus filhos moram há anos no exterior e não são obrigados a declarar ao Fisco brasileiro.

Procurados, os empresários de mídia e jornalistas que aparecem na lista do HSBC negaram a existência das contas numeradas na Suíça ou qualquer irregularidade. O Grupo Folha e a família de Octavio Frias de Oliveira informaram “não ter registro da referida conta bancária e manifestam sua convicção de que, se ela existiu, era regular e conforme à lei”. O Grupo Bandeirantes, de João Jorge Saad, informou, por meio de sua assessoria, que “não vai comentar o assunto”.

Sobre a conta de Lily de Carvalho, viúva dos jornalistas Horácio de Carvalho e Roberto Marinho, o Grupo Globo não comenta. Pelo Grupo Edson Queiroz, da TV Verdes Mares, Lenise Queiroz Rocha afirmou desconhecer a existência da conta. Luiz Fernando Ferreira Levy, ex-presidente da Gazeta Mercantil, disse que não tinha conta.

A família de Dorival Masci de Abreu, que era proprietário da rede CBS de rádios, disse, por meio de assessoria, que não se manifestará.

Julieta, mulher de João Lydio Seiler Bettega, da Curitiba e Ouro Verde FMs, afirmou que o casal nunca teve conta na Suíça e que é correntista do banco em Curitiba. Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, foi procurado por e-mail enviado para sua diretoria dele, mas não respondeu.

Anna Bentes, mulher de Adolpho Bloch, não foi encontrada. O Grupo Massa, de Ratinho, afirmou que todos os bens e valores de Carlos Roberto Massa e Solange Martinez Massa foram devidamente declarados. O Grupo Alfa, de Aloysio de Andrade Faria, afirmou que não tinha “nada a declarar”.

O jornalista Arnaldo Bloch afirmou que nunca teve conta no HSBC, no Brasil ou no exterior. Já o jornalista José Roberto Guzzo disse que “nunca teve conta no HSBC da Suíça em qualquer outra época”. Mona Dorf, da Jovem Pan, foi procurada, por meio de sua assessoria, mas não respondeu.

O jornalista Fernando Vieira de Mello afirmou que nem ele nem o pai foram titulares de conta no HSBC suíço.

EBC


  Compartilhe por aí: Comente

dom
15
mar
2015

Rodrigo Lôbo/ Fotos Públicas: Recife- PE- Brasil- 15/03/2015- Manifestantes fazem protesto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff na capital de Pernambuco. Foto: Rodrigo Lôbo/ Fotos Públicas

Acontecem neste domingo, 15, manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff em cidades de 16 estados (AL, AM, BA, CE, GO, MA, MG, MS, PA, PE, PR, RJ, SC, SE, SP e TO) e no Distrito Federal; com faixas, cartazes e muitos vestidos com as cores da bandeira nacional, eles pedem o impeachment de Dilma, protestam contra a corrupção na Petrobras e há pedidos de intervenção militar; em Brasília, cerca de 12 mil pessoas se concentram na Esplanada dos Ministérios; em São Paulo, já há concetração no vão livre do Masp; no Rio cerca de 15 mil pessoas participam dos protestos na orla de Copacabana; até o momento as manifestações estão ocorrendo de forma pacífica

15 de Março de 2015 às 11:48

247 – Acontecem neste domingo, 15, manifestações pela saída da presidente Dilma Rousseff em cidades de 16 estados (AL, AM, BA, CE, GO, MA, MG, MS, PA, PE, PR, RJ, SC, SE, SP e TO) e no Distrito Federal.

Até o momento as manifestações estão ocorrendo de forma pacífica. Os manifestantes vestem camisas nas cores da bandeira do Brasil ou com frases contra o governo e a corrupção. Há ainda muitas bandeiras nacionais, cartazes com pedido de impeachment e carros de som.

Na Capital paulista, um grupo de manifestantes se reúne na Avenida Paulista, em frente ao Masp, no sentido Consolação. Há pessoas com cartazes “Fora, Dilma” e as que cantam o Hino Nacional. A polícia acompanha o grupo. A manifestação está prevista para começar às 15h. No estado de São Paulo, há manifestações em Campinas, Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Piracicaba, São João da Boa Vista, Indaiatuba, Valinhos, Mogi das Cruzes, Araçatuba, Sertãozinho, Franca, Ribeirão, Jacareí, Rio Claro, Jundiaí, Itu.

Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios já está ocupada por manifestações. O policiamento está bastante reforçado. A maior parte dos manifestantes é composta de jovens e adultos, mas também é possível ver crianças e idosos. Até o momento o clima é de muita tranquilidade. As manifestações foram convocadas por meio de redes sociais por grupos como Vem Pra Rua, Limpa Brasil, Movimento Brasil Contra a Corrupção, Movimento Brasil Livre, Diferença É o Sinal para Mudar o Brasil e Foro de Brasília.

A Polícia Militar estima que ao longo do dia cerca de 70 mil pessoas compareçam à manifestação, já os organizadores estimam cerca de 130 mil. Mas no momento, a estimativa da PM é de cerca de 3.200 presentes à manifestação.

No Rio de Janeiro, o ato organizado pelos movimentos Vem para Rua, Brasil Limpo e Cariocas Direitos reúne milhares de manifestantes na orla da Praia de Copacabana, na altura do Posto 5. A maioria dos manifestantes veste camisas verdes e amarelas e carregam bandeiras do Brasil.
O ato começou com o hino nacional. Os discursos, no alto do carro de som, pedem o fim da corrupção, o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e fazem críticas também à condução do PT no governo.

"Este movimento é pela redenção do Brasil e restauração dos direitos da classe trabalhadora. As autoridades pensaram que este ato seria um fracasso, não é essa a demonstração. Temos aqui mais de 15 mil pessoas", disse o presidente da Federação dos Metalúrgicos e da Força Sindical no Rio de Janeiro, Francisco Dal Prá.

Os manifestantes estão espalhados pelas duas pistas da orla, mas o trânsito não foi interrompido para quem segue do Posto 6 em direção ao Leme.A Polícia Militar montou um esquema de segurança com policiais em fila por toda extensão da orla onde têm manifestantes.

A PM ainda não divulgou a estimativa do número de manifestantes.

Brasil 247


  Compartilhe por aí: Comente

dom
15
mar
2015

Maranhão: impeachment não é a melhor solução
Senador José Maranhão

O senador José Maranhão (PMDB), comentando os manifestos agendados para este domingo, pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff (PT), mostrou-se contrário ao protesto, ao afirmar-se contra o impeachment. “Não é o melhor caminho”, afirmou o peemedebista.

Presidente da Executiva do PMDB na Paraíba, Maranhão disse não ver vantagem no impeachment para ascender um colega partidário, o vice-presidente Michel Temer, ao cargo de presidente da República. Ele entende que o partido poderia até se beneficiar da manobra, mas alerta que “se em uma eleição regular ficaram ressentimentos, imagine um impeachment num momento como esse!”.

José Maranhão, que defende a postura de integrar a base aliada da presidente, demonstra preocupação com a medida que está sendo adotada pelos opositores, em tentar retirar a presidente do cargo “à força”. “Mesmo que o Brasil esteja vivendo um momento difícil, a saída de Dilma não resolve os problemas. Há segmentos da sociedade que estão defendendo a linha de impeachment. Eu não acho isso a melhor solução”, disse.

ParlamentoPB


  Compartilhe por aí: Comente

dom
15
mar
2015

Bandeira do Brasil
Posse  de  Sarney,  há  30 anos,  dava  início  ao  processo  de  redemocratização  do  Brasil  (Arquivo/Agência Brasil)

Há exatos 30 anos, com a posse do então vice-presidente eleito José Sarney, que assumiu interinamente o comando do país, teve início no Brasil o período que ficou conhecido como Nova República. Naquele dia 15 de março de 1985, com a doença do presidente eleito Tancredo Neves, que havia derrotado o candidato dos militares, Paulo Maluf, no Colégio Eleitoral, o ex-governador maranhense tornava-se o primeiro presidente civil do Brasil, após quase 21 anos do golpe militar de 31 de março de 1964.

A Nova República, ou sexta República, é marcada pela redemocratização política do Brasil, depois de mais de 20 anos de um governo caracterizado pela repressão política, que se iniciou com a deposição do presidente João Goulart em 1964. Em Janeiro de 1985, a chapa da Aliança Democrática, formada pelo ex-governador de Minas Gerais Tancredo Neves e pelo senador José Sarney, ambos do PMDB, vence, em eleição indireta no Colégio Eleitoral, o ex-governador paulista, a disputa pela Presidência da República.

Na véspera da posse, no dia 14 de março, Tancredo passa mal e é internado com sintomas de apendicite. Com a hospitalização de Tancredo, o vice-presidente eleito José Sarney é empossado na manhã de 15 de março. O então presidente da República, João Figueiredo, deixa o palácio do governo sem passar o comando do país e a faixa presidencial para José Sarney. Figueiredo recusou-se a entregar a faixa após ser alertado de que Sarney assumira como substituto de Tancredo, e não como sucessor de Figueiredo.

De 15 de março a 21 de abril, José Sarney comanda o Brasil interinamente, já que Tancredo permaneceu internado nesse período, vindo a morrer em 21 de abril, dia do mártir do líder da Inconfidencia Mineira e mártir da Independência Tiradentes. Com a morte de Tancredo, Sarney assume de fato o cargo de presidente da República e honra a grande maioria dos Compromissos com a Nação firmados pela Aliança Democrática e garantidos por seu candidato, Tancredo Neves, durante a campanha eleitoral.

Entre os compromissos assumidos pela Aliança Democrática e cumpridos por Sarney, estão eleições diretas para todos os cargos, legalização de partidos políticos que haviam sido postos na clandestinidade,, convocação da Assembleia Constituinte, que instituiu o Estado Democrático de Direito, e a concretização da transição democrática no Brasil. Nessa transição, o governo Sarney acabou de vez com a censura à imprensa, legalizou plenamente o sindicalismo e as grandes centrais sindicais.  A transição do regime militar para o civil se deu sem derramamento de sangue e sem grandes protestos.

O dia 15 de março é considerado por cientistas políticos e por boa parte da população brasileira como um marco na história do Brasil. Para o cientista político e professor da PUC de Minas Gerais, Malco Braga Camargo, é fundamental comemorar a data de hoje até para que as pessoas fiquem alertas para evitar um retrocesso. Malco entende que a transição feita na época foi a possível. “Acho que foi a possível naquele contexto. Mais importante do que comemorar os fatos da transição é lembrar os tempos sombrios [da ditadura para que eles não se repitam, principalmente quando vivemos uma crise como a de hoje.”

Para o cientista político Murílo Aragão, a entrega do poder dos militares para os civis há 30 anos deveria ser mais lembrada e divulgada pela importância dessa transição. “É muito importante, porque são 30 anos de redemocratização. Tivemos muitos avanços, mas ainda falta avançar em muitos pontos. Estamos longe do ideal. Precisamos avançar na legislação partidária e eleitoral”, afirma Aragão.

Para o analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Queiroz, o dia 15 de março de 1985 simboliza o restabelecimento da democracia no Brasil. “Foi nesse dia que se deu a partida para acabar com o entulho autoritário, que teve início o restabelecimento dos partidos e o processo de convocação da Constituinte. São alguns marcos históricos.”

Queiroz lembra que, com a doença de Tancredo e a posse de Sarney, houve uma grande decepção do povo, porque Tancredo simbolizava todo aquele momento de esperança, renovação e, de repente, “o povo vê assumir o comando do país um ex-presidente do partido do regime militar”. De acordo com o analista político, o nível de tolerância, paciência e sangue frio do presidente Sarney foram fundamentais para a redemocratização do Brasil.

Na primeira eleição direta para a Presidência da República após a ditadura militar, em 1989, o vencedor foi o ex-governador de Alagoas Fernando Collor, que ficou menos de dois anos no poder. Após um processo de impeachment, Collor perdeu o cargo e foi substituído pelo então vice-presidente Itamar Franco.

O segundo presidente no período da Nova República foi Fernando Henrique Cardoso, que foi reeleito e, depois de oito anos no poder, passou a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-sindicalista também disputou o segundo mandato e foi vencedor. Após oito anos, Lula transmitiu o cargo para sua candidata, Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar a Presidência da República no Brasil. Reeleita em outubro do ano passado, Dilma exerce há dois meses e meio o segundo mandato.

Agência Brasil


  Compartilhe por aí: Comente