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01
abr
2020

Assoreamento do reservatório, em 52 anos, diminuiu em 21,7% a capacidade de armazenamento total; segundo o engenheiro Verimarcos Leandro, o nível de aterramento, no entanto, ficou abaixo da média anual para o porte do Jatobá II

Jatobá II-31.03.2020
Sangradouro do açude Jatobá II, no início da manhã da segunda-feira (31)

O açude Jatobá II, em Princesa Isabel, principal fonte de água para abastecer o município e que sangrou no domingo (29) após 12 anos, está com sua capacidade de armazenamento total reduzida em mais de 20%.

Monitoramento atualizado nessa segunda-feira (30) pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) agora apresenta o reservatório com capacidade total de 5.660.979 m³, em vez dos 7.229.180 m³ anteriores.

Jatobá II-Aesa
Fonte: Aesa

A redução na capacidade de acumulação é de 21,7%, o equivalente a 1.568 milhão de metros cúbicos de água.

Inaugurado em 1968, o manancial pertence ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

Segundo o engenheiro e empresário da construção civil Verimarcos Leandro (Marquinhos de Verí), o assoreamento (aterramento por acúmulo de sedimentos pelo depósito de terra, areia e detritos) é de 0,4% por ano. Levando em consideração o porte do açude, “o nível de aterramento ficou abaixo da média anual normal, num período de 52 anos”, avaliou o engenheiro.

Ele explicou o assoreamento é inevitável, “mas pode ser reduzido, a um custo elevado, com a recomposição da mata ciliar em torno das bordas do reservatório, numa largura mínima de 20 metros”.

“Retirar a terra acumulada ou elevar parede e sangradouro é um  investimento que demanda um volume considerável de recursos, por isso é melhor consturir outro. A cidade cresceu muito nos últimos 50 anos anos, o açude já não supre a demanda atual, pois foi projetado para abastecer uma cidade com cerca três mil habitantes, quando foi entregue à população”, afirmou.

“Temos que economizar água, mas a solução mais viável para garantir segurança hídrica é a construção de um novo açude, com capacidade de armazenamento de, no mínimo, 30 milhões de metros cúbicos. Outra saída é aumentar o suprimento do ramal da Adutora do Pajeú, que é meio complicado. Tudo isso demanda estudos, mas  tenho um projeto nesse sentido [construção de um novo reservatório], que já foi apresentado às autoridades estaduais da área”, disse.


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