seg
03
fev
2014
Isto porque durante sua palestra Mário mostrou a todos o comportamento dos oceanos para os próximos meses e afirmou que a previsão é de que, em 2014, os estados produtores de cana do Nordeste estarão livres de secas.

Os produtores da cana-de-açúcar que estiveram reunidos na quinta-feira (30) no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e participaram da palestra ministrada pelo meteorologista e professor do colegiado de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Mário de Miranda, saíram do evento com boas notícias.

Isto porque durante sua palestra Mário mostrou a todos o comportamento dos oceanos para os próximos meses e afirmou que a previsão é de que, em 2014, os estados produtores de cana do Nordeste estarão livres de secas.

Segundo ele, as chuvas no litoral se formam do aquecimento das águas do oceano (que evaporam e precipitam) e, até pelo menos o mês de março, os mares se encontram dentro da normalidade, sem previsão de resfriamento na costa brasileira ou de aquecimento da costa do pacífico, o que caracterizaria o fenômeno El Nino. “As nuvens de chuva se formam nos mares e, na costa do Nordeste está dentro da normalidade. Não se vê nenhum sinal de resfriamento ou de superaquecimento, o que nos leva à previsão de que teremos chuvas dentro da normalidade e, portanto, não temos como falar em seca este ano”, disse Miranda, tranquilizando os produtores de cana.

Ele explicou ainda que para os próximos 10 dias, no litoral paraibano, a chance de chover é pequena, sendo março um mês melhor e abril o início da temporada de chuvas no estado. “Deve chover pouco nos próximos dias e, em fevereiro, a média deve ficar um pouco abaixo da média, mas março será um pouco melhor e em abril teremos o início do período chuvoso propriamente dito”, anunciou o professor, mostrando que as perspectivas são positivas. “Não vemos nada de anormalidade nos oceanos”, lembrou.

Para concluir sua explanação, Mário mostrou alguns dados estatísticos nos quais também fica comprovado que a seca é um fenômeno cíclico e que algumas “crendices” devem sim ser levadas a sério. Em 1950, por exemplo, Mário contou que viu uma das piores secas no Brasil. “Nasci em Patos e lá vi muita gente passando necessidade. Aqui no quadro vemos que o oceano atlântico estava frio na época. O que também aconteceu em 1910, e outros períodos de 40 em 40 anos”, afirmou. Por outro lado, o meteorologista também apresentou um sequencia de informações que levam a crer que alguns anos são sempre bons para a agricultura.

“Dizem que todo ano quatro é bom de chuva”, brincou o professor, mostrando que em 1954 a média de chuvas na cidade de Piancó, sertão paraibano, saltou de 751 milímetros para 2.500 mm Em Patos o mesmo fenômeno: em 1924 a cidade recebeu uma precipitação de 2.500mm de chuva e isso aconteceu durante vários anos terminados em quatro – 1934, 1944, 1964, 1974, 1984, 1994, 2004. “É um ciclo também”, disse o professor, comemorando a chegada do ano de 2014, após os agricultores terem amargado uma grande seca em 2013.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, a palestra tranquilizou os produtores porque, embora não tenha sido anunciado que 2014 será um ano chuvoso, as perspectivas de chuvas regulares servirão para amenizar a situação da seca e evitar o agravamento da falta d’água. “Os produtores estão otimistas e esperam salvar um pouco do que lhes resta nesta safra”, disse o dirigente da Asplan, agradecendo as informações do professor Mário de Miranda.

Giro PB


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