seg
21
abr
2014

No apogeu do século passado, o major Floro era o manda chuva da região de Irerê, então povoado pertencente ao município de Princesa. Morava nesse casarão enorme, belíssimo. Daí administrava uma vastidão de terras, com seus bois, seus canaviais e até uma usina de beneficiamento de algodão existia, sob suas ordens. Irerê tinha de tudo e mais alguma coisa, graças ao major famoso, cuja filha deu em casamento ao não menos famoso coronel Zé Pereira. Major Floro era também pai de Xanduzinha, aquela que amoleceu o coração do valente Marcolino, e que virou mote de música cantada por Luiz Gonzaga: “Caboclo Marcolino, tinha oito boi zebu/ uma casa de morada, dando pru norte e pru sul/ seu paiol tava cheinho, de feijão e de andu/ sem contar com mais uns cobres, lá no fundo do baú/ Marcolino dava tudo, por um cheiro de Xandu…”

Pois bem, meus amigos leitores. Desse encantamento todo, desse amor de Xandu e Marcolino, das boiadas, dos canaviais e da fábrica, sobrou somente o casarão, que está abandonado. Estive aí faz uns anos e a primeira coisa que me recomendaram foi a de olhar sem entrar porque a casa está tomada pelos maribondos.
Por que não aproveitar o casarão para fazer o Museu de 30?

Taí um desafio que faço ao bom prefeito Luiz Matuto e a minha amiga Rúbia, vice-prefeita de São José de Princesa: desapropriem o casarão, façam o museu que deixou de ser feito pelo prefeito de Princesa e recebam desde já os aplausos deste blogueiro e de todos os paraibanos preocupados com a preservação do seu patrimônio histórico.

Blog do Tião Lucena


  Compartilhe por aí: 1 Comentário

Uma resposta para “Do Blog de Tião Lucena: ‘Um tapa na cara da história’”

  1. Jovem Zé Duarte: Reapresento o comentário que fiz no blog do Tião sobre este tema, na dúvida que seus leitores se remetam ao post original e não possam ter as mesmas correções que fiz ao mesmo. “Tião: Para justeza das informações históricas nesse seu post, informo que a esposa do coronel Zé Pereira – Alexandrina Florentino Diniz (Xandu), era sobrinha do Major Floro, e filha do coronel Marçal Florentino, irmão deste. Xanduzinha (Alexandrina Florentino Douettes), filha do major Floro, era casada com o “caboclo” Marcolino (filho do coronel MArçal), ou seja, primo dele e de Xandu de Zé Pereira. Quanto ao casarão, pelo nivel de degradação atingida, não deverá ter solução (estamos na Paraiba, Brasil e não na Europa ) por absoluta falta de prioridade para assumir uma obra dessa. Alem disso tem bloqueio seríssimo para uma negociação razoável por conta que os herdeiros do major Floro são de dificilimo acesso para esta questão. Tal qual Pompeia, na Italia, um dia essas ruinas serão admiradas como lembrança historica de um grande fato e do enorme descaso das gerações que se seguiram com seu patrimonio histórico. Conselho aos interessados: VISITE PRINCESA ANTES QUE ELA SE ACABE!
    RÉPLICA DO TIÃO
    Chico querido, obrigado pelas correções. Quanto ao dificil acesso aos herdeiros, entendo que uma desapropriação resolve. Os herdeiros é que teráo que chegar ao acordo.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *



Ir para a home do site
© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É PROIBIDA A REPRODUÇAO PARCIAL OU TOTAL DESTE SITE SEM PRÉVIA AUTORIZAÇAO.
Desenvolvido por HotFix.com.br