Ligia foi escolhida como vice-governadora

Das seis chapas majoritárias nas eleições deste ano na Paraíba apenas duas tem mulheres em sua composição, e nenhuma delas como candidata a governador, ocupando apenas a vaga de vice. Em sua tentativa de reeleição, o governador Ricardo Coutinho (PSB) terá como candidata a vice a médica Lígia Feliciano (PDT), enquanto o candidato de oposição Major Fábio (PROS) terá como vice a professora Leila Dantas (PROS).

Nas eleições de 2002, Lauremília Lucena (PSDB) foi eleita vice-governadora na chapa de Cássio Cunha Lima (PSDB) e assumiu a chefia do Executivo por algumas vezes durante o mandato, tornando-se a primeira mulher a assumir o cargo.

A segunda mulher a assumir o Governo da Paraíba foi a desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba. Ela governadora por três dias em março deste ano, em substituição ao governador Ricardo Coutinho (PSB) que se ausentou por motivo de viagem.

Segundo a legislação eleitoral, os partidos políticos devem reservar o percentual mínimo de 30% das vagas para um dos gêneros, homens ou mulheres, para a disputa de cargos no legislativo. Ainda assim, a participação da mulher em cargos eletivos ainda está em torno de 10% apesar das mulheres representarem 51,95% do eleitorado do país.

A norma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de 2009, mas não tem sido cumprida pelos partidos políticos. Hoje no Congresso Nacional, dos 513 deputados, apenas 45 são mulheres. A culpa não é só dos partidos, argumentam alguns analistas políticos, já que o número de mulheres interessadas pela disputa eleitoral ainda seria muito pequeno.

Mesmo coma falta de representatividade, as mulheres têm conquistado espaços no país. Em 2010 o Brasil elegeu a primeira presidente da República, Dilma Rousseff (PT), duas governadoras e 134 deputadas estaduais. Já nas eleições municipais de 2012 foram eleitas 657 prefeitas e 7.030 vereador.

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