O vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, defendeu que a legenda deve ser “enxugada” e sugeriu que os deputados dissidentes troquem de partido. Segundo ele, o partido deve se reunir depois da eleição para definir uma conduta mais centralizadora e unificadora.

“Se houver pessoas que não acompanham o partido, não tem razão ficar nesse partido, tem que ir para o partido do candidato que ele esta apoiando. É melhor ter um partido enxugado do que um partido diversificado”, disse Temer, sem citar nomes.

O aviso dado por Temer se encaixa com a atitude de muitos peemedebistas com ou sem mandato, exemplos como o prefeito André Gadelha, o deputado estadual Trócolli Júnior e o deputado federal Manoel Júnior podem ser convidados a sair do PMDB, já que não seguiram as determinações no partido na Paraíba que visavam apoiar a postulação do candidato ao governo Vital do Rego no primeiro turno e a Ricardo Coutinho (PSB) no segundo turno.

Para Temer, um partido político deve ser unificado, por pessoas que pensam da mesma maneira. “Partido político significa um grupo de pessoas que pensa da mesma maneira para chegar ao poder e governar. Você não pode ter um partido político com 30 correntes. Se não estiver de acordo, sai do partido e vai para a corrente que o satisfaz”, afirmou.

O peemedebista deixou claro que não será punido quem não concordar com as novas regras de unificação do partido. “Quem não concordar com as novas regras, se achar que devem sair, não terão nenhuma punição”, disse.

O líder da legenda na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), cotado para presidir a Casa no ano que vem, tem dito que os 66 deputados eleitos estão divididos entre apoiar a presidente Dilma Rousseff (PT) e o oposicionista Aécio Neves (PSDB), e deixou claro que não teria problemas para sustentar um eventual governo do tucano.

Temer, que ficaria enfraquecido na liderança do partido caso deixe a vice-presidência da República, disse que o cálculo de seu companheiro de partido não está certo.

PB Agora com Terra