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06
nov
2014

Governo do Brasil

O total gasto em campanha pelos deputados e senadores eleitos para assumir em 2015 chegou a R$ 1,1 bilhão, segundo dados do Estadão. O períodico alcançou este número com base na prestação de contas dos candidatos, divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O montante é 11% maior em relação a Eleição de 2010, descontada a inflação do período. O dinheiro vem principalmente de empresas, fator que a prometida reforma política promete pôr fim.

Segundo o Estadão, a campanha dos deputados neste pleito foi 34% mais cara e dos senadores 16%. Isso significa em cifras, R$ 200 milhões a mais arrecadados em comparação a 2010. No total, os candidatos a uma vaga na Câmara angariaram R$ 721 milhões e ao Senado, R$ 124 milhões para 27 novos senadores. O valor dos candidatos ao Senado é somado aos R$ 274 de 54 eleitos em 2010, pois eles têm mandato de oito anos. Esta soma leva ao total de R$ 1,1 bilhão.

Eleger deputados e senadores nunca foi tão caro, mas essa questão tem sido observada em anos anteriores. A cada pleito, uma campanha custa mais, tanto para deputado quanto para senador. Aqueles que pleiteiam uma vaga no Parlamento têm três opções de financiamento: doação de empresas (pessoas jurídicas), doação de pessoas físicas (a maioria os próprios candidatos) e o Fundo Partidário (dinheiro do Tesouro Nacional).

Empresas financiadoras

Os maiores financiadores são mesmo as empresas. De cada R$ 4 gastos, R$ 3 foram doados por empresas. Dos R$ 721 milhões usados pelos deputados, R$ 533 milhões saíram de pessoas jurídicas. Isso representou este ano, 77% do valor gasto em campanhas. Portanto, se o Supremo Tribunal Federal (STF) estivesse votado a proibição de doações empresariais para campanhas políticas, quase todo o montante seria ilegal, não poderia ter sido recebido pelos candidatos. Essa proibição é o principal ponto a ser debatido na reforma política, tão mencionada nas eleições deste ano.

As principais empresas doadoras são grandes nomes como a JBS (frigorífico), grupo Vale, Ambev, empreiteiras, e bancos como Itaú e Bradesco.  Entre 4.422 empresas doadoras, 67 ou 1,5% delas doaram 50% de tudo o que foi gasto pelos candidatos.

CNM


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