Apesar do PDT trabalhar na base governista sob “aviso prévio” e já ter marcado inclusive data de reunião da cúpula para o próximo dia 12 no Rio de Janeiro, quando pretende bater o martelo abandonando a base da presidente Dilma Rousseff (PT) o deputado federal paraibano e presidente estadual do PDT Damião Feliciano acredita que a sigla irá permanecer com a petista. Ele também está convicto de que Dilma não irá retaliar o partido por ter votado contra a MP 665.

O deputado que é esposo da vice governadora Lígia Feliciano, não teme perder os cargos federais no Estado.

O recado de Dilma veio através do ministro Mercadante, pela traição de 13 dos 17 deputados que votaram contra a MP 665, do ajuste fiscal que corta direitos trabalhistas, de autoria do Executivo.

Damião acredita que haverá uma conciliação e defende a abertura do dialogo entre o partido e o Governo. “Não há retaliação contra o (ou do) Governo. Votamos por uma questão doutrinária em torno dos direitos dos trabalhadores. Estamos ajudando o país e creio que devemos continuar no Governo”, afirmou o presidente estadual do PDT na Paraíba.

No Estado, a insubordinação do deputado federal Damião Feliciano com relação à orientação da presidente Dilma pode afetar dois cargos importantes – a gerencia da Delegacia Regional do Trabalho e também a Superintendência do Patrimônio da União na Paraíba. A titularidade dos dois postos no Estado está a cargo da indicação do parlamentar paraibano e pode sofrer mudanças como uma espécie de “puxão de orelha”.

Porém os pedetistas não escondem a insatisfação com o governo. Devem bater o martelo no próximo dia 12 em reunião do diretório nacional, no Rio de Janeiro. Após a traição, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi avisado que Dilma procura um substituto para ministro Manoel Dias (Trabalho). Dias já balançou no cargo no fim de abril, quando Lupi disse que “o PT roubou demais”. Lula mandou Dilma engolir o sapo e desculpar Lupi.

PB Agora