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23
jun
2015

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Empresa que passou a ser investigada na 14ª fase da Lava Jato e teve seu presidente, Otávio Azevedo, preso na última sexta-feira foi a maior doadora de recursos da campanha do senador Aécio Neves em 2014; de acordo com dados obtidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 322 doações para o então candidato do PSDB à presidência em 2014, somando mais de R$ 20 milhões; já a Odebrecht, que também virou alvo da investigação, doou mais de R$ 9 milhões para o PSDB, contra R$ 3,5 milhões doados para o PT; com a investigação mais próxima da oposição, as doações legais de campanha, devidamente registradas na Justiça, também serão consideradas propina, como ocorreu com o PT?

247 – A empreiteira Andrade Gutierrez, que passou a ser investigada na 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na última sexta-feira, é a mais próxima do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O presidente da empresa, Otávio Azevedo, foi preso na sexta junto com o empresário da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros executivos.

Com isso, a investigação, usada na imprensa para atingir principalmente o PT, fica mais próxima da oposição. Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo são executivos com excelentes relações não apenas com o ex-presidente Lula, mas também com partidos de oposição, especialmente o PSDB. No ano passado, os empresários manifestaram ao Palácio do Planalto o desejo de votar no candidato tucano.

A Andrade Gutierrez foi a maior doadora de recursos da campanha de Aécio à presidência da República em 2014. De acordo com dados obtidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 322 doações para o então candidato tucano no ano passado, somando mais de R$ 20 milhões.

Controle da Cemig

Outra relação da companhia com o PSDB de Aécio Neves ocorreu em Minas Gerais, onde a Andrade Gutierrez recebeu, de bandeja, a gestão da Cemig, que lhe foi entregue pelos tucanos em um acordo de acionistas. A estatal mineira é uma das usadas em atos de corrupção que alimentou o esquema do doleiro Alberto Youssef.

Em coletiva de imprensa na sexta-feira 19, o procurador da República Carlos Fernando Lima, da Lava Jato, citou que a Odebrecht e a Andrade Gutierrez estão envolvidas em irregularidades que vão além da Petrobras, podendo chegar ao setor energético – ele citou a usina Angra 3, no Rio de Janeiro. O teste de imparcialidade da investigação será a Cemig.

Odebrecht doou mais de R$ 9 mi ao PSDB

Já a Odebrecht doou mais de R$ 9 milhões para o PSDB, quase três vezes os R$ 3,5 milhões doados pela empreiteira ao PT no ano passado. A construtora, que também vinha sendo poupada, passou a ser investigada na nova fase da Lava Jato assim como a Andrade Gutierrez.

Criminalização das doações eleitorais

Até aqui, as doações feitas por empreiteiras investigadas na Lava Jato ao PT foram criminalizadas, como sendo dinheiro de propina, desviado da Petrobras para favorecer o partido e registrado oficialmente na Justiça como regular. No entanto, as empresas financiaram campanhas de todos os partidos e, como se vê na nova fase, algumas chegaram a doar mais para os tucanos do que para o Partido dos Trabalhadores.

Terão sido propina as doações da Andrade Gutierrez e da Odebrecht a Aécio Neves e seu partido?

Brasil 247


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Uma resposta para “Andrade é a empreiteira mais próxima a Aécio Neves”

  1. CHICUNGUNHA disse:

    As empreiteiras são as Robin Hood dos ricos: tiram dos pobres e dão aos ricos. E a logica petista continua: eu roubo, tu roubas, eles roubam, então, ninguém é ladrão. Todos são roubados, portanto vitimas, portanto inocentes. Ou: ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão, até que um Joaquim Barbosa diga não.

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