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14
ago
2015

Há cinquenta e nove anos morria, de ataque cardíaco, em Berlim, na Alemanha, Eugen Berthold Friedrich Brecht, considerado um dos mais importantes dramaturgo, poeta e encenador da Alemanha. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo mundial.

Nascido na Baviera, Sul da Alemanha, Berthoud Brecht estudou medicina e trabalhou como enfermeiro num hospital em Munique Durante a Primeira Guerra Mundial.

Seu Pai, empresário e católico, era um homem exigente e autoritário. A mãe, protestante, exigiu que o filho fosse batizado em sua igreja. O berço conservador, por parte do pai, não foi suficiente para impedir que Brecht, aos vinte e dois anos se tornasse marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República Alemã.

Seu trabalho se concentra na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.

No Teatro, suas primeiras peças, Baal de 1918 e Tambores na Noite de 1920, foram encenadas na cidade de Munique. Terminada a Primeira Grande Guerra Mundial, Brecht se muda para Berlim, onde a crítica chama atenção do publico para suas propostas que o colocaria na vanguarda do Teatro Moderno, com projeções de filmes e cartazes.

Enquanto isso o Nazismo criava raízes como a força renovadora que restauraria a Alemanha com a promessa dos bons tempos do Sacro Império Romano-Germânico. Como contraponto, chegavam à Alemanha influências da recém formada União Soviética.

Em 1933, Hitler chega ao poder na Alemanha. Brecht se exila na Áustria, depois vai para a Suíça, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Inglaterra, Rússia e Estados Unidos.

Bertolt Brecht fez de seu teatro uma forma de conscientização do povo para questões da sua própria realidade. Na peça “Mãe Coragem e Seus Filhos”, apresenta as questões da guerra e do capitalismo por meio de uma mulher que, para sobreviver como ambulante precisava que a guerra continuasse.

Seus textos e montagens o fizeram conhecido mundialmente. Brecht é um dos escritores fundamentais deste século: revolucionou a teoria e a prática da dramaturgia e da encenação, mudou completamente a função e o sentido social do teatro, usando-o como arma de consciencialização e politização.

Sobre a violência escreveu o seguinte texto:

Do rio que tudo arrasta se diz que é violento
Mas ninguém diz violentas
As margens que o comprimem

EBC


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