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25
ago
2015

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Um dia depois de afundar 8,5%, o índice Hang Seng, da bolsa de valores chinesa, caiu mais 7,6%; estouro da bolha asiática pressiona preços de produtos exportados pelo Brasil, como o minério de ferro, e também do petróleo, atingindo empresas como Vale e Petrobras; no governo federal, avalia-se que a recessão prevista para este ano poderá se aprofundar, mas o ministro Joaquim Levy diz que o Brasil, com reservas de mais de US$ 350 bilhões, está pronto para enfrentar as turbulências; ontem, em entrevista coletiva, a presidente Dilma Rousseff disse que errou ao subestimar a crise internacional, assim como seus impactos no Brasil.

247 – O crash do mercado de ações na China, que ontem desencadeou uma onda de pânico global (leia mais aqui), prosseguiu nesta terça-feira. O índice Hang Seng, que mede o comportamento das ações chinesas, caiu 7,63%, depois de ter afundado 8,5% na véspera. No Japão, o tombo do índice Nikkei foi de 3,93%.

Tais quedas prenunciam mais um dia de fortes perdas para os investidores na BM&FBovespa. Isso porque o estouro da bolha chinesa atinge fortemente os preços das commodities exportadas pelo Brasil, como o minério de ferro, o que afeta a Vale, e também o petróleo, o que atinge a Petrobras. Ontem, não por acaso, Vale e Petrobras estiveram entre as ações mais penalizadas no Brasil.

Ontem, em entrevista, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou rumores de sua saída do cargo e disse que o Brasil, com mais de US$ 350 bilhões em reservas internacionais, está preparado para enfrentar choques externos. “A gente está preparado e sabe que pode haver essa volatilidade, mas a gente não deve confundir a volatilidade com um problema permanente da nossa economia. Estamos ajustando a economia para uma nova realidade”, afirmou.

Também em entrevista coletiva, a presidente Dilma Rousseff afirmou que um dos seus erros foi não dimensionar o tamanho da crise externa, assim como suas repercussões no Brasil. "Vocês sempre me perguntam: em que você errou? Eu fico pensando. Em ter demorado tanto para perceber que a situação podia ser mais grave do que imaginávamos. E, portanto, talvez nós tivéssemos de ter começado a fazer uma inflexão antes", disse. "Talvez porque não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. A gente vê pelos dados. Nós levamos muito susto. Nós não imaginávamos. Primeiro que teria uma queda da arrecadação tão profunda. Ninguém imaginava".

Brasil 247


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