Entrevistado por Folha, Estadão e O Globo, a pretexto de divulgar o primeiro volume de "Diários da Presidência", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), diz que se o presidente do seu partido, Aécio Neves, tivesse vencido a eleição, "a situação do país seria mais ou menos a mesma"; "Mas haveria um horizonte de esperança. Agora estamos indo ladeira abaixo e alguém vai ter que pôr um limite. Se fosse capaz de botar o limite, já devia ter posto", pondera; para o tucano, o governo da presidente Dilma Rousseff "está deixando de produzir resultados"; sobre o impeachment, ele afirma que não sabe se há base jurídica para isto.
247 – Entrevistado pelos principais jornais impressos do país – Folha, Estadão e O Globo -, a pretexto de divulgar o primeiro volume de "Diários da Presidência", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), diz que se o presidente do seu partido, Aécio Neves, tivesse vencido a eleição, "a situação do país seria mais ou menos a mesma". Mas pondera: "mas haveria um horizonte de esperança. Agora estamos indo ladeira abaixo e alguém vai ter que pôr um limite. Se fosse capaz de botar o limite, já devia ter posto". Para o tucano, o governo da presidente Dilma Rousseff "está deixando de produzir resultados".
Questionado sobre a possibilidade de impeachment, ele afirma que não sabe se há base jurídica para isto. "Estamos tapando o sol com a peneira. Está tudo tão errado, que não é questão de impeachment ou não. Houve dinheiro discutível na campanha, e isso já é razão para muita coisa. Se juridicamente tem razão ou não (para afastar a presidente), não é isso que vai comandar o processo. É uma questão política e econômica", avaliou. Ele ressalta que "não trabalha para isso", mas que vê o hoje vice-presidente Michel Temer (PMDB) com mais condições de reunir apoio do que Dilma. "O Michel teria a sensibilidade para ter um apoio mais amplo", diz.
Sobre a atuação do PSDB no Congresso, FHC avalia critica o partido. "Em certas matérias, a oposição precisa pensar o país. Não pode votar contra o fator previdenciário. Acho um erro do PSDB no Congresso. A situação fiscal é dramática e alguma coisa precisa ser feita. Eles (PT e PSDB) estão em uma competição, no calor da batalha. Mas não pode erar estrategicamente", diz.
Em relação a Eduardo Cunha, o ex-presidente afirma que o PSDB "deve pedir o afastamento dele". "Se você tiver uma pessoa sobre a qual pesem menos dúvidas no exercício da Câmara, você tem mais jogo político a fazer e um processo mais legítimo. Ele (Cunha) está a um passo de virar réu", ressalta.
Brasil 247
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