ter
03
nov
2015

 

Deputados Federais reeleitos estão menos fiéis ao Planalto e paraibano é citado na lista dos infiéis

Dois de cada três dos 299 deputados reeleitos estão hoje menos governistas do que em 2011, no começo do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Desse contingente de três centenas, 40 trocaram de lado: votam agora mais com a oposição do que com o governo. Os demais apenas ficaram menos fiéis ao Palácio do Planalto. Deputados que integram a bancada paraibana na Câmara Federal faltaram às sessões destinadas à votação dos vetos no mês de outubro, encaminhados pela presidente Dilma Rousseff (PT), aos projetos que aumentam as despesas do Governo Federal. O afastamento dos deputados "veteranos" da órbita do governo é medido de acordo com seus padrões de votação, registrados pelo Basômetro, ferramenta online do Estadão Dados que mede o governismo de parlamentares, partidos e bancadas estaduais.

Em 2011, os então 299 deputados que hoje mantêm seus mandatos tinham uma taxa média de governismo de 78 pontos, em uma escala de zero a 100. Neste ano, até outubro, a média dos mesmos parlamentares caiu para 65 pontos. No Basômetro, a taxa de governismo mede o alinhamento de cada parlamentar às orientações do líder do governo na Câmara nas votações. Se o deputado votar sempre da mesma forma que o líder do governo, sua taxa será 100. Se o fizer em metade das votações, a taxa será 50, e assim por diante. Nesta lista dos menos fies está o deputado federal paraibano Benjamim Maranhão (SD) que em 2011 votou favoravelmente em 92% das matérias pró-governo, mas que agora em 2015 só acompanhou o Governo em 32% das votações.

"Vira-casacas". Há um grupo de reeleitos que se caracteriza pela alta fidelidade a Dilma no primeiro mandato e pelo confronto no segundo. Na lista dos 30 maiores "vira-casacas", a taxa de governismo média caiu de 94 pontos em 2011 para apenas 40 pontos neste ano. O gaúcho Jerônimo Goergen, do PP, é o líder no ranking dos "vira-casacas": ele votou com o governo em 98% das vezes em 2011; hoje, essa taxa caiu para apenas 25%. "Ficou mais fácil fazer oposição", disse Goergen ao Estado, na sexta-feira. "Houve uma perda de qualidade muito grande no governo." No PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, o movimento é similar: dos 46 deputados reeleitos na legenda, 41 (89%) tiveram queda na taxa de governismo, dois mantiveram seus níveis e apenas três passaram a ser mais fiéis às orientações do Palácio do Planalto.

Houve afastamentos significativos também no PSB, no PTB e no PDT, partidos que já abandonaram formalmente a base de apoio a Dilma. No PSB, que se afastou da petista ainda no final do primeiro mandato, 16 dos 18 deputados reeleitos estão menos governistas. No PDT, 15 dos 16 "veteranos" seguiram a mesma tendência. No PTB, foram 16 de 18.

Paraíba – O levantamento foi realizado com base nos registros de presença na Câmara. Nas duas sessões, não houve quórum para as chamadas ‘pautas-bombas’ pudessem ser votadas. Faltaram em duas sessões os deputados paraibanos Aguinaldo Ribeiro (PP), Wellington Roberto (PRB), Wilson Filho (PTB), Damião Feliciano (PDT) e Pedro Cunha Lima (PSDB).

O deputado Veneziano Vital (PMDB) compareceu na primeira sessão. Efraim Filho (DEM), Rômulo Gouveia (PSD) e Benjamin Maranhão (SD) foram apenas para a segundo sessão. Já Hugo Motta (PMDB), Manoel Junior (PMDB) e Luiz Couto (PT) foram às duas sessões.

PB Agora


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