Ex-presidente tucano FHC critica os 45 dos 47 deputados do partido que tentaram derrubar veto de Dilma Rousseff sobre o aumento do Poder Judiciário, que criaria despesas adicionais de R$ 39 bilhões; "Posso até entender a lógica eleitoral, mas não acho correto diante da responsabilidade que temos com o país. O aumento era muito grande", disse ele; sobre a crise política, FHC diz agora que não vê pressão popular para um eventual impeachment: "Não temos maioria clamando por nada. Se você faz a pergunta se o entrevistado quer que a presidente saia, ele vai dizer que quer. Eu acho que é um sentimento mais de distanciamento e de descrença"; aparentemente, FHC agora quer dialogar; questionado sobre o fim das doações privadas, diz que a legislação tem que ser muito restritiva, aberta talvez para doações de conglomerados empresariais com um limite.
247 – O ex-presidente tucano FHC criticou a postura de seu partido diante das votações no Congresso. Ele contestou o fato de 45 dos 47 deputados do PSDB terem tentado derrubar os vetos de Dilma Rousseff, referentes ao aumento do Poder Judiciário.
"Posso até entender a lógica eleitoral, mas não acho correto diante da responsabilidade que temos com o país. O aumento era muito grande", disse ele.
Em entrevista ao jornal Valor, FHC também abordou a crise política e disse não ver pressão popular para o impeachment: "Não temos maioria clamando por nada. Se você faz a pergunta se o entrevistado quer que a presidente saia, ele vai dizer que quer. Eu acho que é um sentimento mais de distanciamento e de descrença".
Com relação ao cenário econômico, diz temer a piora em 2016: ‘temos tensão política, uma crise moral e uma recessão econômica’; mas se houver tensão social, por conta do aumento do desemprego e da crise econômica, o quadro pode ser agravado’.
Sobre o fim das doações privadas de campanhas, diz que restrição é positiva: “Ninguém está doando nada, está todo mundo tirando do governo. É a falsa doação. Faz de conta que é privado e faz de conta que está dando ao partido. A legislação tem que ser muito restritiva, aberta talvez para doações de conglomerados empresariais com um limite. E ao mesmo tempo tem que haver regras para proibir a marquetagem, diminuir o custo da campanha. Isso porque sou muito cético em relação a fazer tudo com recursos públicos” (leia mais).
Brasil 247
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