sáb
02
jan
2016

CENTRAIS_DILMA

Lideranças das três maiores centrais sindicais do País – CUT, Força Sindical e UGT – vinculam a manutenção de apoio ao governo a mudanças na política econômica, como o fim do ajuste fiscal, cuja continuidade foi promessa do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa; movimentos como a CUT foram importantíssimos no apoio à presidente Dilma Rousseff em 2015; a central, presidida por Vagner Freitas, liderou as manifestações contra o impeachment como as do dia 16 de dezembro, que levaram quase 100 mil pessoas às ruas.

247 – Lideranças das três principais centrais sindicais do Brasil ameaçam retirar o apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff se ela não fizer mudanças na política econômica este ano, como dar fim ao ajuste fiscal implantado pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy e que será mantido pelo novo titular da pasta, Nelson Barbosa.

"Espero que o governo não cometa o erro de defender reformas trabalhistas num cenário tão difícil como esse começo de 2016", disse Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores, a maior do País em número de sindicatos representados, conforme reportagem do Estado de S. Paulo.

A CUT foi peça importantíssima no apoio a Dilma ao longo de 2015. Foi ela que liderou as manifestações populares contra o impeachment, junto a movimentos como MST e UNE, como o do dia 16 de dezembro, quando foram às ruas mais pessoas (quase 100 mil) do que nos atos que defenderam a saída da presidente, três dias antes.

Nesses protestos, apesar das críticas ao impeachment, as centrais condenaram as medidas do ajuste fiscal. A Força Sindical, que era presidida por Paulinho da Força, um dos principais defensores do impeachment, tem hoje uma voz mais branda na presidência, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, que é contra a saída de Dilma.

"O Barbosa sempre teve uma visão mais positiva para a economia, pró-investimentos e crédito. Estranhei a defesa dele das reformas previdenciárias e trabalhistas numa hora dessas. Ele quis agradar o mercado, mas isso é tiro no pé", disse ele ao jornal.

"O momento é delicado. Sou totalmente contrário ao impeachment, defendo o governo. Mas as energias do País estão concentradas nesse debate. O governo precisa concentrar esforços na retomada do crescimento, isso ajudará todo mundo", declarou ainda Ricardo Patah, da UGT. Segundo ele, o governo corre "riscos" se for em frente com reformas como a da aposentadoria.

Brasil 247


  Compartilhe por aí: Comente

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *



Ir para a home do site
© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É PROIBIDA A REPRODUÇAO PARCIAL OU TOTAL DESTE SITE SEM PRÉVIA AUTORIZAÇAO.
Desenvolvido por HotFix.com.br