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04
fev
2016

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Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o lobista Fernando Moura afirmou que Furnas era uma estatal controlada pelo hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG) no governo Lula, e que o esquema de propina se assemelhava ao instalado na Petrobras: "É um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio"; ele disse ainda que, em conversa com o então ministro José Dirceu para a escolha de nomes para a diretoria de estatais, o nome de Dimas Toledo foi apresentado: "Ele me respondeu: ‘Esse foi o único cargo que o Aécio pediu pro Lula. Então você vá lá conversar com o Dimas e diga para ele que vamos apoiar [a indicação de seu nome]’"; em nota, o PSDB definiu como "declaração requentada e absurda" a citação a Aécio e uma "velha tentativa de vincular o PSDB aos crimes cometidos no governo petista".

247 – Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o lobista Fernando Moura afirmou que Furnas era uma estatal controlada pelo hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG) no governo Lula, e que o esquema de propina se assemelhava ao instalado na Petrobras: "É um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio."

Ele citou uma reunião que teria ocorrido em 2002 para a escolha de nomes para a diretoria de diversas estatais.

Renato Duque teria sido indicado ao então ministro José Dirceu, segundo ele. Para Furnas, o lobista disse que citou o nome de Dimas Toledo. "Ele (Dirceu) perguntou qual era minha relação com o Dimas Toledo e eu respondi que o achava competente, profissional. Então ele me respondeu: ‘Não, porque esse foi o único cargo que o Aécio pediu pro Lula. Então você vá lá conversar com o Dimas e diga para ele que vamos apoiar [a indicação de seu nome]’".

Moura relata ainda que Dilma Toledo, ao assumir a diretoria, afirmou a que "em Furnas era igual", referindo-se a esquema de propina. "Ele disse: ‘Não precisa nem aparecer aqui. Vai ficar um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio’".

O lobista presta seu terceiro depoimento na Lava Jato após mentir sobre o suposto envolvimento de Dirceu no esquema. Ele havia isentado o ex-ministro, depois falou que foi ameaçado e agora reafirmou as acusações.

Em nota, a assessoria de imprensa do PSDB definiu como "declaração requentada e absurda" a citação a Aécio e uma "velha tentativa de vincular o PSDB aos crimes cometidos no governo petista". "O PSDB jamais fez qualquer indicação para o governo do PT. O senador Aécio Neves não conhece o lobista, réu confesso de diversos crimes, e tomará todas as providências cabíveis para desmontar mais essa sórdida tentativa de ligar lideranças da oposição aos escândalos investigados pela Operação Lava Jato", acrescentou.

O advogado de Dimas Toledo, Marco Moura, afirmou, em nota, que as informações de Moura são "absolutamente inverídicas".

Leia aqui reportagem de Juliana Coissi sobre o assunto.

Brasil 247


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