Centenas de pessoas saíram às ruas de João Pessoa no final da tarde desta quinta-feira (31) para protestar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e se manifestar em favor da democracia. O ponto alto da manifestação ocorreu no Ponto de Cem Réis, no Centro da Capital.

Lideranças políticas de diversos partidos participaram do ato, como o governador Ricardo Coutinho (PSB); os deputados estaduais Jeová Campos (PSB), Estela Bezerra (PSB) e Frei Anastácio (PT); o vereador Fuba (PT); e o ex-candidato a prefeito de João Pessoa, Renan Palmeira (PT).

Em seu discurso, o governador da Paraíba voltou a se posicionar contrário ao que considera um “golpe” contra a democracia. “Não podemos ferir a democracia de morte”, destacou o socialista.

“O Nordeste deixou de ser um problema para ser um início de solução. Minha presença e minha militância não dizem respeito a absolutamente à pessoa ‘A’, ‘B’ ou ‘C’ ou ao partido ‘A’, ‘B’ ou ‘C’. Neste momento, nós temos que dar as mãos e dizer que não vai ter golpe nesse país”, completou Ricardo.

Em entrevista à imprensa, o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Charliton Machado (foto) criticou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), um dos principais defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional.

Cássio é a pessoa menos indicada para falar de um processo desta natureza (impeachment). É uma figura que carrega nas costas um histórico de corrupção, um histórico de desvio de conduta, de ética, de compromisso com a democracia, jamais poderia ser e, nem será, o arauto da moralidade para responder sobre a democracia no combate à corrupção”, disse o petista.

Os organizadores calcularam cerca de 15 mil pessoas participando dos protestos em João Pessoa. A Policia Militar, no entanto, não divulgou o número de participantes.

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