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05
abr
2016

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Na última sexta-feira, 1º de abril, a Revista IstoÉ divulgou a capa de mais uma edição, e criou polêmica por abordar supostas "explosões nervosas" da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). A presidente do PT da Paraíba, Giucélia Figueiredo emitiu uma nota na qual repudia o conteúdo. Para a engenheira e dirigente sindical, o texto representa "inúmeras violências simbólicas e ofensas graves à figura da presidenta Dilma Rousseff como mulher ocupante de um cargo político".

Confira a íntegra da nota de repúdio:

A revista IstoÉ lançou, no dia 1º de abril, uma capa intitulada “As explosões nervosas da presidente”, que representa inúmeras violências simbólicas e ofensas graves à figura da presidenta Dilma Rousseff como mulher ocupante de um cargo político. O veículo adota a tática de não revelar fontes, sem qualquer comprovação ou fato concreto, e ainda utiliza adjetivação pejorativa.

Em uma postura antiética, a revista IstoÉ ecoa o machismo e a misoginia em suas páginas e ainda, de forma irresponsável, diagnostica e patologiza uma mulher que ocupa um espaço de poder. Historicamente, as mulheres são alvo de silenciamentos desde as fogueiras da inquisição até as internações em hospitais. Estas são táticas de atuação do patriarcardo que deslegitima, silencia e desqualifica a luta, a história e a existência das mulheres.

Embora sejam maioria da população brasileira, ainda ocupam menos cargos nas instâncias de poder. Apenas 63 das 594 cadeiras do Congresso Nacional correspondem a mulheres, cerca de 10% apenas. É inaceitável a reprodução de narrativas de ódio, que promovem violências de gênero e violam direitos humanos.

As divergências e o contraditório são fundamentais no debate político, e nunca devem ser no campo da disseminação de violências e de machismo. Repudiamos a atuação da revista IstoÉ na disseminação de ódio e na tentativa de promover quebras do Estado Democrático de Direito. Por fim, nos solidarizamos com a presidenta Dilma Rousseff, primeira mulher a assumir a presidência no Brasil. Este não foi um ataque à presidenta apenas, mas a todas as mulheres brasileiras.

ParlamentoPB


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