Vendido para a opinião pública como um projeto "de salvação nacional", destinado a "pacificar o País", o eventual futuro governo Michel Temer vem tendo dificuldades para montar uma equipe; ligado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), Armínio Fraga recusou convite para a Fazenda, assim como Marcos Lisboa, que disse que só um presidente legitimado pelo voto poderia fazer reformas; na Justiça, dois nomes cotados, Nelson Jobim e Carlos Ayres Britto, refugaram; para completar o quadro, o PSDB deve ficar de fora porque, de um lado, José Serra só iria se tivesse mais poder do que o próprio Temer; de outro, os rivais de Serra no PSDB desconfiam do projeto presidencial do senador paulista; até agora, Temer não conseguiu pacificar nem seus aliados tucanos no golpe.
247 – O vice-presidente Michel Temer, que prometia unir o Brasil, até agora não conseguiu unir nem o PSDB, partido que foi, desde a derrota na eleição presidencial de 2014, o principal promotor do golpe contra a democracia brasileira.
A reportagem principal do jornal O Globo deste sábado 23 revela que o PSDB está inclinado a não aceitar qualquer cargo na eventual administração Temer. Isso se deve às disputas internas da legenda.
Tanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como o governador Geraldo Alckmin temem que o senador José Serra (PSDB-SP) desponte como o principal nome da sigla para 2018.
Além disso, Serra já sinalizou que só participaria do governo Temer se tivesse mais poder do que o próprio Temer, mandando na Fazenda, no Planejamento e no Banco Central.
Se isso não bastasse, Temer também recebeu outros quatro nãos nos últimos dias. Ligado a Aécio Neves, Armínio Fraga recusou convite para assumir o ministério da Fazenda, assim como Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica da pasta e presidente do Insper, que disse que só um presidente legitimado pelo voto poderia fazer reformas.
Na Justiça, dois nomes cotados, o ex-ministro Nelson Jobim e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto, refugaram.
Brasil 247
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