dom
12
jun
2016

eliseu-padilha

Ao sinalizar seu apoio ao projeto de desmonte da EBC, o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, confunde o papel da comunicação pública e fala em evitar a concorrência com emissoras privadas, como Globo, Band e SBT; "O governo não tem interesse em concorrer com a mídia privada", diz ele; emissoras públicas, que existem em vários países do mundo, visam oferecer comunicação de qualidade, livres dos ditames dos mercados e dos interesses políticos das famílias midiáticas que controlam grandes conglomerados de comunicação e, com esse poder, influem no processo político, derrubando e "elegendo" governos – uma distorção que tem no Brasil, com a Globo, sem maior exemplo.

247 – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sinalizou seu apoio à morte da EBC e justificou sua posição argumentando que não se deve concorrer com a mídia privada.

"Já falei com o presidente Michel sobre isso e ele determinou que se faça um estudo real dos gastos. O governo não tem interesse em concorrer com a mídia privada. Alí, é um gasto absolutamente supérfluo. E, num momento em que estamos numa fase de fazer mais com menos, as coisas supérfluas. Isso servia muito bem a quem queria ideologizar as ações do governo, queria a construção de uma franquia ideológica a partir dessa comunicação. Não é o nosso caso. Poderemos redimensioná-la. Não vamos extinguir a área de comunicação de governo. É inadmissível a ideologização da comunicação de governo. Mas a comunicação de governo é indispensável", disse ele.

Ao sinalizar seu apoio ao projeto de desmonte da empresa, o ministro Padilha, a quem a EBC passou a ser subordinada, depois que Secretaria de Comunicação perdeu status de ministério, confunde o papel da comunicação pública.

Empresas como a EBC existem em vários países do mundo, como França, Espanha e Inglaterra, e visam oferecer comunicação pública de qualidade, livres dos ditames dos mercados e dos interesses políticos das famílias midiáticas que controlam grandes conglomerados de comunicação – uma distorção que tem no Brasil, com a Globo, sem maior exemplo.

Os irmãos Marinho, com seu quase monopólio, construíram a maior fortuna midiática do mundo, de cerca de US$ 30 bilhões. E, com esse poder, já ajudaram a eleger e a derrubar presidentes da República, influindo diretamente no processo político e na agenda pública. Para Padilha, esse modelo é o que mais parece convir ao Brasil.

Brasil 247


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