Com o intuito de tentar frear a ascensão do PSB na Paraíba, os partidos que antes eram adversários, hoje já dão praticamente como certo uma união para o primeiro turno das eleições municipais em João Pessoa, com o projeto acordado para 2016, mas que também se estenderá para 2018.

Nesta sexta-feira (08), o presidente estadual do PSDB na Paraíba, Ruy Carneiro admitiu que trabalha para a formação de um chapão, em João Pessoa, com PSD, PMDB e PSDB unidos em torno da reeleição do prefeito Luciano Cartaxo e que, esse mesmo grupo, marcharia também juntos em 2018, na eleição tanto para o Governo do Estado, quanto para o Senado Federal.

“Continuamos conversando e eu continuo na mesma tese de tentar formar um bloco que unido possa fazer muito por João Pessoa e posteriormente pela Paraíba, definindo as duas próximas eleições”, disse.

Ruy, destacou, no entanto, que respeita todas as candidaturas postas, entre elas a do deputado federal Manoel Júnior (PMDB) e que se a composição não for possível para o primeiro turno, trabalhará para que seja concretizada em um segundo momento.

“Na verdade eu tenho conversado com todos tentando buscar o blocão no primeiro turno, contribuindo com a gestão. Estamos na fase final das conversas. Nos próximos dias, obrigatoriamente, teremos um desfecho, ou pelas candidaturas próprias, ou pela união dos partidos”, ressaltou.

Sobre espaços na majoritária, o tucano assegurou que o PSDB não será empecilho para formação do blocão e que a executiva estadual não fará imposição nem de espaço na chapa, nem de cargos na gestão municipal.

“Nunca fizemos politica nem de cargo nem obrigatoriamente negociando espaço em chapa, qualquer apoio que venha acontecer o PSDB não estará participando com indicações na PMJP feitas pela direção estadual, vamos sair da politica miúda, queremos construir uma alternativa que contemple positivamente João Pessoa e a Paraíba. Não vamos tratar de cargo nem espaço de chapa, a meu ver é uma politica ultrapassada e pobre”, asseverou.

O chapão defendido por Ruy é o mesmo “abençoado” por Cássio Cunha Lima (PSDB) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A dupla de congressistas também vê em Ricardo Coutinho uma ameaça emergente e teria como objetivo “cortar as asas” do socialista já em 2016 para dificultar os planos do PSB em 2018.

PB Agora